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Abscesso de Brodie

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Texto alternativo para a imagem Figura 1. Créditos: Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Texto alternativo para a imagem Figura 2. Créditos: Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ

Descrição das figuras 1 e 2: Tomografia computadorizada do antebraço esquerdo nos planos axiais. Figura 1: lesão lítica com halo de esclerose (seta amarela) na ulna esquerda, observando-se a área de sequestro ósseo no seu interior. Figura 2: rompimento da cortical óssea, com sequestro ósseo bem definido (seta vermelha).

Texto alternativo para a imagem Figura 3. Créditos: Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ

Descrição da figura 3: Tomografia computadorizada do antebraço esquerdo no plano sagital. Ulna com espessamento difuso da sua cortical óssea, com rompimento da mesma e sequestro ósseo (seta vermelha).

Abscesso de Brodie: T rata-se de uma forma localizada de osteomielite subaguda. Em geral, acomete a população pediátrica e costuma evoluir com quadro infeccioso pouco exuberante, apresenta exames laboratoriais próximos da normalidade e uma difícil interpretação radiológica, tornando o diagnóstico, na maioria das vezes, tardio.

Afecção comum nas crianças e adolescentes, acometendo caracteristicamente a metáfise dos ossos longos dos membros inferiores (com predileção pela tíbia ). O principal agente infeccioso envolvido é o Staphylococcus aureus (cerca de 50% dos casos), seguido pelo Streptococcus pyogenes , Pseudomonas aeruginosa e Klebsiella pneumoniae .

Quadro clínico: O abscesso de Brodie é um tipo de osteomielite subaguda hematogênica que se caracteriza por curso insidioso e com poucas manifestações/ sintomatologias clínicas. Em geral, o quadro é pouco doloroso, acompanhado ou não de febre.

    Exames de imagem:
  • Radiografia dos ossos longos AP e perfil: L esão lítica com seu maior eixo orientado em direção ao eixo longo do osso, circundado por halo de esclerose. Pode haver uma faixa luscente que se dirige para a placa fisária, bem como reação periosteal e aumento das partes moles;
  • Tomografia computadorizada dos ossos longos com contraste: Mostra extensa lesão lítica intramedular, com halo por espessamento da cortical óssea. Associa-se na maioria dos casos, aumento das partes moles profundas;
  • Ressonância magnética dos ossos longos: Ajuda muito para diferenciar a lesão de outros diagnósticos, pois caracteriza a cavidade como de fato um abscesso (restrição à difusão no seu interior e realce periférico após a administração do contraste venoso).

O abscesso pode complicar com a formação de fístula através do osso cortical, com surgimento de extensa coleção das partes moles adjacentes, achados que também podem ser observados nos exames de imagem.

Diagnósticos diferenciais: S eu principal diagnóstico diferencial é com osteoma osteoide .

Autoria principal: Elazir Mota (Radiologia, especialista em Radiologia Pediátrica).

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