Conteúdo copiado com sucesso!

Adenite Mesentérica (Infantil)

Voltar
Texto alternativo para a imagem Figura 1. Créditos: Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Texto alternativo para a imagem Figura 2. Créditos: Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ

Descrição das figuras 1 e 2: Ultrassonografia de abdome com múltiplos e grandes linfonodos mesentéricos, hipoecogênicos, com espessamento de alças associado (seta vermelha). Ao estudo com Doppler colorido podemos observar aumento da vascularização do mesentério, sugerindo processo inflamatório/infeccioso. [cms-watermark]

Adenite mesentérica: Diagnóstico mais comum na faixa pediátrica e que deve ser pensado como diagnóstico diferencial de apendicite aguda. Os principais agentes etiológicos são vírus e yersinia enterocolitica .

Acometimento raro na população adulta e idosa. Quando houver densificação da gordura mesentérica nessas faixas etárias, sempre buscar outras causas que possam justificar o quadro clínico (ex.: pielonefrite, colecistite aguda, diverticulite, etc.).

Quadro clínico: D or abdominal em cólicas que por vezes, pode ser localizada na fossa ilíaca direita, confundindo o diagnóstico com patologias cirúrgicas, como apendicite aguda.

    Achados de imagem:
  • Na ultrassonografia de abdome: Observam-se múltiplos e grandes linfonodos mesentéricos, hipoecoicos, com aumento da ecogenicidade da gordura mesentérica. Vale destacar que esses linfonodos possuem morfologia e vascularização preservadas ao Doppler colorido. Na população pediátrica, o exame de escolha será a ultrassonografia de abdome.
  • Na tomografia computadorizada do abdome: Com contraste venoso, também observam-se linfonodos mesentéricos proeminentes e a densificação da gordura mesentérica adjacente.

A adenite mesentérica é uma reação secundária comum a processos inflamatórios intestinais, apendicite aguda e doença inflamatória intestinal. Por essa razão, a adenite mesentérica primária deverá ser considerada quando todas essas outras causas forem afastadas. Trata-se, portanto, de um diagnóstico de exclusão.

Diagnósticos diferenciais: A pendicite aguda , pielonefrite , apendagite epiploica , invaginação intestina l , divertículo de Meckel .

Autoria principal: Elazir Mota (Radiologia, especialista em Radiologia Pediátrica).

Frisch M, Pedersen BV, Andersson RE. Appendicitis, mesenteric lymphadenitis, and subsequent risk of ulcerative colitis: cohort studies in Sweden and Denmark. BMJ. 2009; 338:b716.

Liberek A, Góra-Gebka M, Bako W, et al. Limafadenopatia krezkowa- czesty problem kliniczny wieku dzieciecego [Mesenteric lymphadenopathy - a valid health problem in children]. Med Wieku Rozwoj. 2006; 10(2):453-62.

Lucey BC, Stuhlfaut JW, Soto JA. Mesenteric lymph nodes: detection and significance on MDCT. AJR Am J Roentgenol. 2005; 184(1):41-4.

Karmazyn B, Werner EA, Rejaie B, et al. Mesenteric lymph nodes in children: what is normal? Pediatr Radiol. 2005; 35(8):774-7.

Macari M, Hines J, Balthazar E, et al. Mesenteric adenitis: CT diagnosis of primary versus secondary causes, incidence, and clinical significance in pediatric and adult patients. AJR Am J Roentgenol. 2002; 178(4):853-8.