Figura 1. Créditos:
Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Descrição da figura 1:
Radiografia de tórax evidenciando opacidade na base pulmonar direita (setas vermelhas), apagando o contorno diafragmático deste lado. Tratava-se de uma paciente jovem, com relato de pneumonias de repetição há cerca de 2 anos. O corpo estranho foi suspeitado tardiamente e evidenciando durante broncoscopia.
Figura 2. Créditos:
Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Descrição da figura 2: Radiografia de tórax evidenciando sinais de hiperinsuflação do pulmão direito. Observe que a transparência pulmonar neste pulmão se encontra aumentada em relação ao contralateral e com a trama vascular reduzida, sugerindo hiperaeração deste parênquima. A causa foi aspiração de milho de pipoca.
Aspiração de corpo estranho:
A
feta mais comumente as crianças com faixa etária ao redor dos 6 meses a 3 anos, mas pode ocorrer em qualquer idade na infância. A maioria desses pacientes são diagnosticados horas ou dias após o evento. No entanto, nos casos não presenciados pelos pais, esse diagnóstico pode ser tardio, ocorrendo após meses ou até anos.
Usualmente, eles estão localizados no brônquio direito, pela sua posição mais verticalizada e seu maior diâmetro. É preciso ter em mente que boa parte dos corpos estranhos aspirados são radioluscentes na radiografia convencional. Deste modo, pediatra e radiologista devem estar atentos ao sinais indiretos que serão discutidos adiante.
Quadro clínico: A sintomatologia depende do tipo, do tamanho, da localização e do grau de obstrução causado pelo corpo estranho e inclui: tosse persistente, diminuição da entrada e/ou saída de ar, dificuldade respiratória, sibilos. Porém, alguns pacientes apresentam-se assintomáticos e sem alterações ao exame físico.
Diagnóstico diferencial: Pensando que aspiração de corpo estranho é mais comum no universo pediátrico, os principais diagnósticos diferenciais nessa faixa etária são: Hiperinsuflação pulmonar congênita , atresia brônquica, malformação pulmonar congênita (MAC), síndrome de Swyer James e plug mucoso .
Autoria principal: Elazir Mota (Radiologia, especialista em Radiologia Pediátrica).
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