Conteúdo copiado com sucesso!

Atresia de Coanas

Voltar
Texto alternativo para a imagem Créditos: Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ

Descrição da figura: Atresia coanal bilateral com componente membranoso obliterando o espaço entre a cavidade nasal e rinofaringe.

Atresia de coanas: D efeito do desenvolvimento incomum, caracterizado pela ausência de comunicação entre a cavidade nasal e nasofaringe, com formação de septo ósseo ou membranoso. Embriologicamente, essa falha ocorre na 17ª semana de gestação por uma ausência de perfuração da membrana buconasal e/ou persistência da membrana bucofaríngea.

A atresia de coanas ocorre em cerca de 1:5000-8000 nascidos vivos, com discreto predomínio nos pacientes do sexo feminino. A anomalia pode ser uni ou bilateral e, quando unilateral, habitualmente é mais comum à direita.

Quadro clínico: Depende se a atresia é uni ou bilateral. Nos casos bilaterais, as manifestações clínicas surgem desde o nascimento, com desconforto respiratório agravado durante alimentação e que alivia durante o choro, episódios de cianose e obstrução respiratória grave. Nos quadros unilaterais, os sintomas são menos acentuados e, com isso, surgem mais tardiamente, sendo mais comum os sinais/sintomas de obstrução nasal associado ou não à rinorreia purulenta.

Quase 50% das crianças com atresia de coanal bilateral apresentam outras anomalias associadas, sendo uma das principais a síndrome de Charge (coloboma, anomalias cardíacas, atresia de coana, distúrbios de crescimento e desenvolvimento, anomalias na orelha e surdez).

    Exames de imagem:
  • O principal exame de imagem é a tomografia computadorizada de face para adequada avaliação da redução do espaço entre a parede medial do seio maxilar e vômer, e sua caracterização quanto ao tipo, cartilaginoso ou ósseo, e se acometimento é uni ou bilateral. Serve, ainda, como excelente método para avaliar outras anomalias de ouvido interno e face que podem estar associadas (figura acima).

Diagnósticos diferenciais: E stenose congênita da abertura piriforme e mucocele de ducto nasolacrimal.

Autoria principal: Elazir Mota (Radiologia, especialista em Radiologia Pediátrica).

Neskey D, Eloy JA, Casiano RR. Nasal, septal, and turbinate anatomy and embryology. Otolaryngologic Clinics of North America. 2009; 42(2):193-205.

Cedin AC, Rocha Jr FP, Deppermann MB, et al. Transnasal endoscopic surgery of choanal atresia without the use of stents. Laryngoscope. 2002; 112(4):750-5.

Cheung R, Prince M. Comparison of craniofacial skeletal characteristics of infants with bilateral choanal atresia and an age-matched normative population: computed tomography analysis. Journal of Otolaryngology. 2001; 30(3):173-178.

Goldenberg D, Flax-Goldenberg R, Joachimn HZ, et al. Quiz Case 1 (Radiology Forum) Arch Otolaryngol Head Neck Surg. 2000; 126(1): 94-7.

Lazar RH, Younes RT. Transnasal repair of choanal atresia using telescopes. Arch Otolaryngol Head Neck Surg. 1995; 121(5):517-20.