Cistos ovarianos:
A detecção por exames de imagem de uma lesão cística anexial sempre traz um pouco de ansiedade nas pacientes pelo eventual risco e a possibilidade de malignidade. Vamos abordar os principais métodos diagnósticos para sua detecção e como os cistos podem se apresentar nos exames de imagem.
Figura 1.
Créditos:
Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Figura 2.
Créditos:
Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Descrição das figuras 1 e 2: Paciente feminina, 34 anos. Ressonância magnética da pelve ponderada em T2 (planos coronal e axial), mostrando imagem hiperintensa, ovalada, sem septos ou nódulos no seu interior, no anexo direito, medindo 1,2 cm, compatível com cisto simples (seta vermelha).
Figura 3.
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Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Figura 4.
Créditos:
Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Descrição das figuras 3 e 4:
Paciente do sexo feminino, 19 anos. Ultrassonografia da pelve feminina, estudo suprapúbico, evidenciando formação ovalada, anecoica, medindo 3,0 cm, no ovário esquerdo, devendo representar cisto funcional (seta vermelha).
Figura 5.
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Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Figura 6.
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Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Descrição das figuras 5 e 6: Paciente de 46 anos, feminina. Ultrassonografia da pelve, estudo transvaginal, evidenciando ovário direito com dimensões muito aumentadas, as custas de formação heterogênea, predominantemente hipoecoica, contendo septos e debris no seu interior (seta vermelha). Foi orientada acompanhamento em 2-3 meses, com novo ultrassom e a lesão regrediu, sugerindo a possibilidade de cisto hemorrágico (vale ressaltar que a diferenciação entre cisto hemorrágico e endometrioma muitas vezes pode ser bem difícil no estudo de imagem).
Cisto hemorrágico ovariano (figuras 5 e 6):
Na ultrassonografia, se apresenta como lesão heterogênea, predominantemente cística, contendo septos e/ou debris no seu interior. O acompanhamento é necessário e recomendado nas pacientes em idade fértil com lesões acima de 5 cm (controle em 6-12 meses: a lesão tem que regredir).
Pacientes na pós-menopausa com lesões acima de 5 cm:
complementar com ressonância magnética e/ou cirurgia.
Figura 7.
Créditos:
Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Figura 8.
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Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Figura 9.
Créditos:
Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Descrição das figuras 7, 8 e 9: Paciente de 35 anos, feminina. Ultrassonografia da pelve, estudo via transvaginal, evidenciando lesão hipoecoica, com ecos internos em suspensão e discretos nódulos hiperecogênicos parietais, sem fluxo ao Doppler colorido, sugerindo endometrioma (seta vermelha); lesão foi ressecada e seu diagnóstico confirmado.
Endometrioma (figuras 7, 8 e 9):
Na ultrassonografia, são lesões císticas hipoecoicas, habitualmente homogêneas, com finos ecos internos e pequenos focos ecogênicos parietais (vale ressaltar que não deve haver vascularização nestes pequenos nódulos).
Teratoma cístico ovariano:
Para mais informações, acesse Teratoma ovariano.
Corpo-lúteo:
É frequente no primeiro trimestre da gravidez. Pode ser visualizado também durante a segunda fase do ciclo menstrual em pacientes não gestantes. Na ultrassonografia pélvica, observamos formação cística, com conteúdo heterogêneo, com ecos ecogênicos no seu interior e com halo de vascularização característico ao Doppler colorido em torno da lesão ("anel de fogo").
Autoria principal: Elazir Mota (Radiologia, especialista em Radiologia Pediátrica).
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