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Cisto Tireoglosso

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Texto alternativo para a imagem Figura 1. Créditos: Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Texto alternativo para a imagem Figura 2. Créditos: Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ

Descrição das figuras 1 e 2: Ultrassonografia cervical. Lesão localizada na linha média da região cervical, com contornos bem definidos, anecoica, com reforço acústico posterior (seta vermelha). O osso hioide é uma referência anatômica importante e que deve ser descrito no laudo ultrassonográfico.

Texto alternativo para a imagem Figura 3. Créditos: Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ

Descrição da figura 3: Ressonância magnética do pescoço. Sequência ponderada em T2, sagital. Imagem cística, hiperintensa em T2, localizada na linha média, sugestiva pela localização e características de imagem de cisto tireoglosso (seta amarela).

Cisto de ducto tireoglosso: Trata-se de uma anomalia congênita na qual ocorre defeito de fechamento do ducto tireoglosso. O ducto tireoglosso trata-se de um remanescente do período embrionário, que se estende desde o forame cecum , na base da língua até a glândula tireoide e sofre obliteração e involução por volta da 9-10 do período fetal. Quando há "falha" no seu fechamento, pode haver acúmulo de secreções produzidas pelas células epiteliais e surgimento do cisto.

Cerca de 65% dos cistos tireoglossos localizam-se abaixo do osso hioide, 20% são supra-hioideos e 15% surgem ao nível do osso hioide. Clinicamente, surgem na maioria dos casos durante a primeira década de vida, como lesões na linha média ou discretamente paramedianas, na região cervical anterior, observadas no trajeto do ducto tireoglosso. Caracteristicamente, a lesão se move durante a deglutição.

Quadro clínico: P aciente apresenta "abaulamento" ou nodulação na linha média, na região anterior do pescoço em geral, indolor exceto quando em vigência de processo infeccioso (algo recorrente nos pacientes com cisto tireoglosso).

    Exames de imagem:
  • Ultrassonografia cervical: Exame de escolha na avaliação dos cistos tireoglossos. A aparência ultrassonográfica é de uma lesão anecoica/hipoecoica, bem definida, com paredes finas, com reforço acústico posterior, na região cervical anterior, na linha média ou paramediana. A lesão pode ser hipoecoica devido a sangramento ou processo infeccioso associado. Em geral, não há vascularização ao color Doppler (figura 1);
  • Tomografia computadorizada do pescoço: Não deve ser solicitada diante desta suspeita clínica como primeiro exame de imagem;
  • Ressonância magnética do pescoço: Alto sinal nas imagens ponderadas em T2 e baixo sinal em T1 (nos cistos não complicados). Quando complicados, com sangramento ou infecção, podem exibir sinal aumentado em T1. Após a administração do contraste venoso, não há realce. Caso infectado, a parede do cisto pode apresentar realce pós-contraste (figura 3).

Diagnósticos diferenciais: C isto dermoide , linfangioma , teratoma, rânula . Lembrar que pela sua embriologia, o cisto de ducto tireoglosso sempre ocorrerá na linha média.

Autoria principal: Elazir Mota (Radiologia, especialista em Radiologia Pediátrica).

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