Figura 1. Créditos:
Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Legenda da anatomia dos seios paranasais (figura 1):
SF = seio frontal, PPE = platô perpendicular etmoide, CG = cartilagem quadrangular, SM = seio maxilar, V = vômer.
Figura 2. Créditos:
Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Descrição da figura 2: Tomografia computadorizada dos seios da face. Desvio do septo nasal para a direita, com formação de esporão ósseo que contacta a concha nasal média deste lado (seta vermelha). Repare a hipertrofia dos cornetos médio e inferior esquerdos (setas amarelas).
Figura 3. Créditos:
Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Figura 4. Créditos:
Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Descrição da figura 3 e 4: Tomografia computadorizada dos seios paranasais evidenciando desvio da porção cartilaginosa do septo nasal para a esquerda (seta vermelha) e da sua porção óssea, visualizada nos cortes mais posteriores (seta amarela). Note ainda o preenchimento das células etmoidais e espessamento mucoso nos seios maxilares.
Desvio do septo nasal:
Representa a divergência do septo nasal da linha média. O desvio pode ser focal ou afetar todo o septo nasal, em forma de C ou S, no plano vertical ou horizontal e pode afetar porção cartilaginosa e/ou óssea do septo.
Em geral, o desvio septal vem acompanhado de hipertrofia compensatória da concha nasal e bulha etmoidal contralaterais. Desvios nasais anteriores, frequentemente, estão acompanhados de desvios da pirâmide nasal externa.
Para entender melhor o desvio de septo nasal é importante conhecermos os componentes ósseos da face (figura 1).
Quadro clínico: Leves desvios não costuma causar sintomas. Contudo, se o desvio for grave/ acentuado, pode obstruir a fossa olfatória daquele lado, causando congestão nasal e tornando o paciente propensa à inflamação dos seios paranasais (sinusite ), principalmente se o septo desviado obstruir a drenagem de um seio até a cavidade nasal. De forma semelhante, o paciente pode estar mais propenso também a episódios de epistaxe , por ressecamento da mucosa, pela dificuldade de passagem do ar na região do desvio.
Exames de imagem: O s desvios de septo nasal estão associados a anomalias de orientação do palato duro. Por isso, é essencial sempre realizar a avaliação no plano coronal durante a tomografia computadorizada dos seios paranasais (f igura 2).
Diagnósticos diferenciais: N ão há diagnóstico diferencial.
Autoria principal: Elazir Mota (Radiologia, especialista em Radiologia Pediátrica).
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