Figuras 1 e 2. Créditos:
Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Descrição das figuras 1 e 2: Tomografia computadorizada de crânio evidenciando lesão expansiva, predominantemente hiperdensa, com aspecto em vidro fosco, na região frontal direita estendendo-se às células etmoidais e cavidade nasal bilateralmente (seta vermelha).
Displasia fibrosa:
Pertence ao grupo dos tumores ósseos benignos e classifica-se em dois grupos: a forma monostótica, quando acomete um osso ou ossos contíguos (mais comum), e sua forma poliostótica, com envolvimento de múltiplos ossos (mais rara). A displasia fibrosa ocorre por um defeito na modelagem óssea normal, com substituição gradual do osso normal por fibrose. Seu surgimento inicia-se ainda na infância e, nessa fase, em geral é assintomático pelo crescimento lento da lesão. Mais prevalente nos pacientes do sexo feminino. Lembrar que na forma poliostótica há associação com a
síndrome de McCune Albright
, que cursa com: manchas café com leite, puberdade precoce e displasia fibrosa poliostótica.
A doença acomete, predominantemente, a população pediátrica e adultos jovens, com cerca de 75% dos pacientes apresentando sua primeira manifestação antes dos 30 anos. Na forma poliostótica, o acometimento ocorre em pacientes ainda mais jovens, ao redor dos 10 anos. Não há predileção por sexo.
Quadro clínico: Na maioria dos casos, os pacientes são assintomáticos e a doença é um achado de imagem. Os sinais e sintomas, quando presentes, se relacionam ao seu crescimento e efeito compressivo. Isso parece ser efetivamente verdadeiro nas lesões de face, acarretando em deformidades craniofaciais, proptose e outras complicações oculares.
Autoria principal: Elazir Mota (Radiologia, especialista em Radiologia Pediátrica).
Chang CY, Garner HW, Ahlawat S, et al. Society of Skeletal Radiology- white paper. Guidelines for the diagnostic management of incidental solitary bone lesions on CT and MRI in adults: bone reporting and data system (Bone-RADS). Skeletal Radiol. 2022; 51(9):1743-1764.
MacDonald-Jankowski DS. Fibro-osseous lesions of the face and jaws. Clin Radiol. 2004; 59(1):11-25. Review. Erratum in: Clin Radiol. 2009; 64(1):107.
Costanzi MA, Velasco e Cruz AA. Envolvimento orbitário difuso por displasia fibrosa na síndrome de McCune Albright: Relato de caso. Arq Bras Oftalmol. 2007; 70(6): 1021-3.
Feuillan PP, Foster CM, Pescovitz OH, et al. Treatment of precocious puberty in the McCune-Albright syndrome with the aromatase inhibitor testolactone. N Engl J Med. 1986; 315(18):1115-9.