Endometriose

Figura 1. Crédito: Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ

Figura 2. Crédito: Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ

Descrição da lesão: Ressonância magnética da pelve feminina, estudo coronal (figura 1) e axial (figura 2) em T2, evidenciando volumoso endometrioma no ovário esquerdo, bastante hipointenso em T2, configurando shading .

Endometriose: É uma importante desordem ginecológica caracterizada pelo crescimento de tecido endometrial, glândulas funcionais e estroma em localização ectópica, fora dos limites uterinos. Trata-se de uma doença comum, predominantemente identificada na idade reprodutiva por ser estrogênio dependente. A idade média ao diagnóstico é 25-29 anos.

Quadro clínico: S eus principais sintomas são dismenorreia, dor pélvica e dispareunia. Também podem ocorrer infertilidade, alterações urinárias e intestinais.

Exames de imagem:
• Ultrassonografia da pelve: É o método diagnóstico mais utilizado para diagnóstico inicial da endometriose. Vale destacar no entanto, que apesar dos recentes avanços no método para o diagnóstico de endometriose, trata-se de exame operador dependente, sendo sua principal limitação;
• Ressonância magnética da pelve: P rincipal exame de imagem a ser solicitado, diante da suspeita clínica. O protocolo utilizado deve incluir estudo T1 no plano axial e sagital. Realizar um pulso de saturação de gordura, deve ser acrescentado para auxiliar na identificação de focos endometriais com conteúdo hemático. O sinal na sequência T2 é variável. O gadolínio não acrescenta grandes informações. Vale destacar que os endometriomas geralmente, surgem como lesões hiperintensas em T1 e predominantemente, hipointensas nas imagens em T2 (aspecto denominado em sombra - shading ).

Diagnósticos diferenciais: C istos dermóides, cistos ovarianos hemorrágicos e principalmente, neoplasias mucinosas.