Conteúdo copiado com sucesso!

Epifisiólise

Voltar
Texto alternativo para a imagem Figura 1. Créditos: Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ

Descrição da figura 1: Na radiografia de quadril na incidência anteroposterior (AP) observa-se discreto alargamento da fise no quadril esquerdo (setas vermelhas).

Texto alternativo para a imagem Figura 2. Créditos: Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ

Descrição da figura 2: Na incidência em Lowenstein ou posição da rã observa-se nitidamente o deslocamento posterior da epífise femoral em relação à metáfise esquerda (setas brancas). A incidência em Lowenstein é muito importante diante da suspeita diagnóstica de epifisiólise.

Epifisiólise: Trata-se de um deslocamento medial e posterior espontâneo da epífise da cabeça femoral sobre o colo do fêmur. Uma combinação de fatores mecânicos e hormonais provavelmente é responsável por esta lesão.

Os homens são cinco vezes mais comumente afetados pela epifisiólise que as mulheres. A faixa etária onde há pico de ocorrência é dos 13 aos 16 anos, em homens, e dos 11 aos 14 anos, em mulheres. O adolescente grande, obeso e com hipodesenvolvimento sexual é afetado muito mais comumente que o adolescente magro, alto e que cresce rapidamente.

Os principais fatores de risco são obesidade, hipotireoidismo, hipopituitarismo, hiperparatireoidismo, osteodistrofia renal e quimioterapia/ radioterapia.

Quadro clínico: Q uadro clínico é variável, dependente do tempo da instalação dos sintomas e da gravidade do quadro. Na maioria das vezes, paciente apresenta quadro de claudicação que evolui e ele torna-se incapaz de sustentar o próprio peso no membro acometido (imobilidade do membro).

    Exames de imagem:
  • Radiografia da bacia em AP e Lowenstein: A incidência em Lowenstein (ou posição da rã) é essencial nestes pacientes, por ser mais sensível na detecção das alterações iniciais do deslizamento epifisário. Por isso, deve ser rotina básica na avaliação radiológica dos adolescentes que se apresentem com claudicação ou dor no joelho/quadril. Observa-se que nestes pacienes acometidos, a epífise escorrega posterior e medialmente (figuras 1 e 2);
  • Tomografia computadorizada da bacia: T ambém pode detectar o escorregamento da epífise femoral. No entanto, pelo excesso de radiação a qual o paciente é submetido, opta-se na maioria dos casos, pela radiografia e quando não possível sua adequada detecção, pela ressonância magnética;
  • Ressonância magnética da bacia: Pode ser bastante útil nos casos precoces, onde alterações radiográficas ainda foram vistas.

Diagnóstico diferencial: Legg-Calvé-Perthes , artrite séptica, sinovite transitória do quadril , displasia congênita do quadril.

Autoria principal: Elazir Mota (Radiologia, especialista em Radiologia Pediátrica).

Boles CA, El-khoury GY. Slipped capital femoral epiphysis. Radiographics. 1997; 17(4): 809-23.

Tins B, Cassar-Pullicino V, McCall I. Slipped upper femoral epiphysis: imaging of complications after treatment. Clinical radiology. 2008; 63(1): 27-40.

Montenegro NB, Junior VF, Grinfeld R, et al. Magnetic resonance imaging for diagnosing the pre-slip stage of the contralateral femoral proximal epiphysis in patients with unilateral epiphysiolysis. Rev Bras Ortop. 2015; 46(4):439-43.

Barrios C, Blasco MA, Blasco MC, et al Posterior sloping angle of the capital femoral physis: a predictor of bilaterality in slipped capital femoral epiphysis. J Pediatr Orthop. 2005; 25(4): 445-9.