Figura 1. Créditos:
Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Descrição da figura 1: Ultrassonografia do abdome - estudo destinado à avaliação do piloro, evidencia o canal pilórico alongado, medindo 20 mm (o comprimento normal do piloro é ≤ 12-16 mm) e a camada muscular hipertrofiada, com sua espessura de 4 mm (a espessura normal da camada muscular é ≤ 3 mm).
Figura 2. Créditos:
Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Figura 3. Créditos:
Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Descrição das figuras 2 e 3:
Ultrassonografia do abdome de lactente com 27 dias de vida evidenciando muscular do piloro espessado (sua muscular media 4 mm) e o canal pilórico alongado. Observe a aparência em alvo do piloro no seu corte transversal, outro sinal clássico de EHP (seta vermelha).
Definição:
A estenose hipertrófica do piloro (EHP)
trata-se de uma doença causada pela hipertrofia do músculo circular do piloro, resultando em estreitamento do canal pilórico e obstrução parcial a saída do conteúdo gástrico.
Epidemiologia:
Incidência é de 3 em 1000 pacientes, com predileção pelo sexo masculino (5H:1M).
Quadro clínico: Ao redor de 2 a 6 semanas de vida, paciente inicia quadro de vômitos não biliosos que, frequentemente, evoluem para vômitos em jato, caso o diagnóstico não seja realizado precocemente. Durante a avaliação clínica, pode ser palpada a oliva pilórica na região epigástrica (achado não tão comum, presente somente em cerca de 13 a 54% dos casos).
Diagnóstico: Como exame de escolha deve ser realizada a ultrassonografia do abdome . O médico radiologista deve ter experiência com exames pediátricos e deve observar os seguintes achados: avaliar a espessura da muscular do piloro (espessura normal deve ser ≤ 3 mm) e a medida longitudinal do canal pilórico (seu comprimento normal varia de 12 a 16 mm).
A seriografia (exame contrastado com administração via oral do contraste baritado) foi utilizada durante muito tempo como exame padrão-ouro para a avaliação de estenose hipertrófica do piloro. Atualmente, teve seu uso bem reduzido devido a exposição excessiva à radiação ionizante a qual estes pacientes eram expostos.
Tratamento : Piloromiotomia.
Autoria principal: Elazir Mota (Radiologia, especialista em Radiologia Pediátrica).
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