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Fratura de Arcos Costais

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Texto alternativo para a imagem Créditos: Athena Hub/Medical Harbour

Descrição das figuras: Incidência em AP à esquerda onde fica quase impossível localizar o local da fratura. Já na incidência em oblíquo, à direita da tela, conseguimos observar com clareza o traço de fratura (seta vermelha). Por isso, a importância de realizar a radiografia de arcos costais em oblíquo.

Fratura de arcos costais: Comumente, está associada a mecanismos de trauma. No entanto, na população pediátrica, deve-se estar atento para múltiplas fraturas de arcos costais, especialmente aquelas em fases distintas de consolidação (pensar na possibilidade de maus-tratos). [cms-watermark]

Associações: As fraturas de arcos costais podem estar associadas a outras lesões em órgãos-alvo. Sempre buscar por: lesões do plexo braquial, pneumotórax, hemotórax, contusão pulmonar, laceração pulmonar e laceração hepática ou esplênica.

    Causas:
  • Traumas (em geral, aqueles de alta energia, como acidentes automobilísticos);
  • Fraturas de estresse (comum em atletas);
  • Maus-tratos (pensar nos pacientes pediátricos, com múltiplas fraturas de arcos costais, em tempos diferentes de consolidação e, preferencialmente, na porção posterior dos arcos);
  • Displasias esqueléticas (RN com fraturas no momento do parto ou ao nascimento) e ressuscitação cardiopulmonar.
    Exames de escolha:
  • Radiografia de arcos costais AP e oblíquo: Em cerca de metade dos casos, pode evidenciar com clareza a fratura. No entanto, diante do contexto de trauma, não é exame de escolha;
  • Ultrassonografia do tórax: Pode ser útil em mãos experientes, como point of care . No entanto, no contexto de trauma grave, nunca será exame de primeira escolha pela não visualização adequada de todos os arcos costais;
  • Tomografia computadorizada do tórax: Exame de escolha para adequada avaliação de todos os arcos costais, podendo detectar múltiplas fraturas, bem como lesão pulmonar associada. As reconstruções 3D devem sempre ser realizadas no contexto do trauma.

Autoria principal: Elazir Mota (Radiologia, especialista em Radiologia Pediátrica).

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