Infarto Esplênico

Créditos: Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ

Descrição das figuras: Paciente pediátrico, portador de anemia falciforme com dor em hipocôndrio esquerdo. Na ultrassonografia observa-se lesão em cunha, com formato triangular, hipoecoico e, durante a avaliação com Doppler colorido, não há fluxo nesta região (setas vermelhas e amarela), confirmando a possibilidade de isquemia/infarto.

Infarto esplênico: Ocorre devido à isquemia do baço, possuindo inúmeros fatores de risco, como será descrito adiante. Na maioria dos casos, seu tratamento é conservador.

Causas: Anemia falciforme, estados de hipercoagulabilidade, eventos embólicos (como endocardite nos pacientes mais idosos), doenças do colágeno, aneurisma de artéria esplênica, pancreatite, trauma, leucemia e outras.

Quadro clínico: Os pacientes, em geral, apresentam quadro súbito de dor abdominal no hipocôndrio esquerdo, podendo estar associado ou não a sintomas constitucionais, como febre.

Exames de imagem:
• Ultrassonografia do abdome: Observaremos lesão em cunha, com formato triangular, hipoecoica e, durante a avaliação com Doppler colorido, não há fluxo nesta região (setas vermelhas e amarela), confirmando a possibilidade de isquemia/infarto (figuras acima) .
• Tomografia computadorizada do abdome: Sua aparência depende basicamente da fase do infarto. Pode ter os seguintes achados de imagem: lesão em cunha, triangular, com hiporrealce (apresentação clássica); múltiplas pequenas imagens hipodensas; hipodensidade completa do parênquima esplênico (no caso de torção do baço/mais raro).

Tratamento: Sintomático com analgesia, hidratação e monitorização do quadro. A esplenectomia é reservada para quadros mais graves e persistentes.