Figuras 1 e 2. Créditos:
Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Descrição das figuras 1 e 2: Ultrassonografia de bolsa escrotal. Focos ecogênicos puntiformes, sem sombra acústica posterior, dispersos pelo parênquima testicular bilateralmente, compatível com microlitíase testicular (setas vermelhas).
Microlitíase testicular: Presença de calcificações no lúmen dos túbulos seminíferos. Sua prevalência varia entre 0,6-18,1% dos pacientes do sexo masculino. A microlitíase pode ocorrer em pacientes saudáveis, sendo mais prevalente em algumas condições, como: criptorquidismo, fibrose cística, síndrome do X frágil, Down e Klinefelter.
A microlitíase tem sido associada com malignidade testicular, criptorquidismo, infertilidade e atrofia testicular. No entanto, a associação com malignidade permanece bastante controversa na literatura. Atualmente, preconiza-se o acompanhamento ultrassonográfico anual destes pacientes.
Quadro clínico: E stes pacientes costumam ser assintomáticos, sendo a microlitíase um achado de imagem.
Exame de imagem: O exame de escolha permanece sendo a ultrassonografia de bolsa escrotal. Na ultrassonografia, observamos focos hiperecoicos difusos pelo parênquima testicular, podendo apresentar ou não sombra acústica posterior. Na maioria dos casos, sua distribuição é bilateral e difusa pelo parênquima. No entanto, seu acometimento pode ser unilateral e focal (figuras acima).
Para ser considerada microlitíase testicular, devem existir cinco ou mais focos hiperecogênicos dispersos pelo parênquima testicular.
Diagnósticos diferenciais : Não existem. O achado de imagem é bastante característico.
Autoria principal: Elazir Mota (Radiologia, especialista em Radiologia Pediátrica).
Aso C, Enriquez G, Fite M, et al. Gray-scale and color Doppler sonography of scrotal disorders in children: an uptudate. Radiographics. 2005; 25:1197-1214.
Ragheb D, Higgins J. Ultrasonography of the scrotum: technique, anatomy, and pathologic entities. J Ultrasound Med. 2002; 21:171-185.
Bennett HF, Middleton WD, Bullock AD, et al. Testicular microlithiasis: US fol- low-up. Radiology. 2001; 218(2):359-363.
Levin TL, Kogan SJ. Cystic dysplasia of the testis: sonographics diagnosis and differentiation from testicular microlithiasis. Pediatr Radiol. 1998; 28:955-957.