Créditos:
Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Descrição das figuras:
Pré-escolar, 4 anos, com relato materno de abaulamento na face direita e febre. Mãe refere outros episódios prévios. Realizada ultrassonografia cervical que evidenciou aumento da glândula parótida direita, com textura heterogênea e áreas hipoecoicas, com focos hiperecogênicos puntiformes no seu interior (setas amarelas). Correlacionando história clínica e achados de imagem, devemos pensar em parotidite recorrente da infância.
Parotidite recorrente da infância:
É definida como uma inflamação recorrente da glândula parótida, em geral, relacionada à sialectasia não obstrutiva das glândulas salivares.
Quadro clínico: A presenta-se como episódios recorrentes de aumento de volume, com ou sem dor associada, na topografia da glândula parótida, na maioria dos casos unilateral. Pode estar acompanhado de febre e queda do estado geral.
Epidemiologia: O primeiro episódio ocorre, em média, dos 3 aos 6 anos, com predileção pelo sexo masculino. As crises inflamatórios variam de pessoa para pessoa, mas os surtos, em geral, acontecem a cada 3-4 meses, diminuindo gradativamente até a adolescência.
Autor(a) principal: Elazir Mota (Radiologia, especialista em Radiologia Pediátrica).
Motamed M, Laugharne D, Bradley PJ. Management of chronic parotitis: a review. The J of Laryngology & Otology 2003;117:521-6.
Isaacs D. Recurrent parotitis - Instructive case. J Paediatr Child Health 2002;38:92-4.
Gadodia A, et al. MRI and MR sialography of juvenile recurrent parotitis. (2010) Pediatric radiology.
Sitheeque M, et al, Juvenile recurrent parotitis: clinical, sialographic and ultrasonographic features. (2007) International journal of paediatric dentistry.