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Refluxo Vesicoureteral (RVU)

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Texto alternativo para a imagem Figura 1. Créditos: Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Texto alternativo para a imagem Figura 2. Créditos: Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ

Descrição das figuras 1 e 2: Fase de enchimento na qual observa-se bexiga opacificada (asterisco) por meio de contraste, onde já visualiza-se o início do refluxo bilateral (setas vermelhas). A radiografia final evidencia fase pós-miccional, com bexiga vazia e acentuação do refluxo vesicoureteral (grau II à direita e grau III, à esquerda). [cms-watermark]

Texto alternativo para a imagem Figura 3. Créditos: Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ

Descrição da figura 3: Paciente com 5 dias de vida, investigando hidronefrose fetal. Bexiga pouco repleta, de paredes irregulares. Observa-se, ainda, refluxo vesicoureteral bilateral, com acentuada dilatação e tortuosidade dos ureteres (setas vermelhas), bem como distensão dos sistemas coletores intrarrenais – grau V. Legenda das siglas: B - bexiga; U - uretra (cheia durante a micção).

Refluxo vesicoureteral: Caracteriza-se pelo retorno da urina da bexiga para o ureter e rim. Trata-se de uma importante causa de infecção do trato urinário e injúria/cicatriz renal. Em geral, ocorre por uma alteração no mecanismo valvular presente no óstio ureterovesical e que impede o refluxo de urina.

Exame de escolha: O melhor método de imagem para avaliação do refluxo vesicoureteral (padrão-ouro) é a uretrocistografia miccional . É o único método de imagem capaz de graduar o refluxo. A graduação da lesão é importante para avaliação e o manejo dos pacientes pediátricos pelo urologista.

Além disso, outra vantagem da uretrocistografia miccional é a possibilidade de avaliar anatomicamente a bexiga e a uretra. Como desvantagens, há o uso da radiação ionizante e sua invasibilidade devido à manipulação e cateterização da uretra.

Vale lembrar que a ultrassonografia das vias urinárias não avalia a presença de refluxo vesicoureteral.

    Realização da uretrocistografia miccional:
  • A criança é submetida à cateterização da uretra e, posteriormente, injeta-se contraste iodado diluído em soro fisiológico, opacificando a bexiga;
  • Radiografias são realizadas durante o procedimento, que consiste basicamente em acompanhar o enchimento vesical e a micção do paciente (que devem ocorrer durante o estudo), permitindo adequada visualização da uretra e do refluxo, caso esteja presente;
  • Trata-se de um exame muito estressante tanto para a criança quanto para o acompanhante. A função do radiologista pediátrico é essencial no sentido de acalmar ambos e transmitir segurança durante todo o exame.
Texto alternativo para a imagem Figura 4
    Graus de refluxo vesicoureteral na uretrocistografia miccional (UCM): Conforme figura acima, o refluxo é graduado de I a V:
  1. Grau I: Refluxo na UCM limitado ao ureter;
  2. Grau II: Refluxo estende-se para a pelve renal, sem dilatação;
  3. Grau III: Refluxo ureter e pelve renal, com início de distensão e eversão dos cálices renais;
  4. Grau IV: Moderada a acentuada dilatação do ureter e pelve renal;
  5. Grau V: Acentuada dilatação e tortuosidade do ureter e da pelve renal.

Autoria principal: Elazir Mota (Radiologia, especialista em Radiologia Pediátrica).

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