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Rim Multicístico Displásico

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Texto alternativo para a imagem Figura 1. Créditos: Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Texto alternativo para a imagem Figura 2. Créditos: Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ

Descrição das figuras 1 e 2: Ressonância magnética fetal - sequência ponderada em T2 apresentando múltiplas formações ovaladas com hipersinal em T2 (setas vermelhas), compatível com cistos, não comunicantes e de tamanhos variados na loja renal esquerda. Observe ausência de parênquima renal adjacente. Achados muito sugestivos de rim multicístico displásico esquerdo.

Texto alternativo para a imagem Figura 3. Créditos: Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Texto alternativo para a imagem Figura 4. Créditos: Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ

Descrição das figuras 3 e 4: Ultrassonografia do aparelho urinário pós-natal confirmando a presença de múltiplos cistos, não comunicantes e tamanhos variados na loja renal esquerda, associado à ausência de parênquima renal deste lado. A avaliação do rim contralateral é de suma importância e, nesse caso, o rim direito encontrava-se normal.

Rim multicístico displásico (RMD): Trata-se de uma displasia renal congênita e sua etiologia ainda é desconhecida. Pode estar relacionada à obstrução completa ou atresia do ureter proximal, levando à falha de desenvolvimento do parênquima renal. Deste modo, por definição, o ureter é atrésico e o rim não funcionante.

Predileção pelo sexo masculino (cerca de duas vezes mais afetados que as meninas). A maioria dos casos são unilaterais. A bilateralidade é rara e incompatível com a vida. Pode associar-se a outras anomalias renais no rim contralateral (presente em até 50% dos pacientes), como refluxo vesicoureteral, estenose de junção ureteropélvica, ureterocele, ectopia ureteral e outras. [cms-watermark]

    Exames de imagem:
  • Ultrassonografia aparelho urinário: E m geral, essas crianças já chegam para o radiologista pediátrico para confirmação da suspeita de rim multicístico displásico no período fetal. O exame de escolha será a ultrassonografia do aparelho urinário, na qual observa-se múltiplas imagens císticas, não comunicantes, de tamanhos variados e sem parênquima renal adjacente. O sistema pielocalicinal e ureter encontram-se ausentes do lado acometido (figuras 3 e 4);
  • Tomografia computadorizada do abdome total: Não é exame de escolha para essa avaliação;
  • Ressonância magnética do abdome: E sse exame é muito útil para avaliação intra-útero quando a ultrassonografia fetal não consegue definir com exatidão o aspecto de imagem. Na ressonância magnética fetal, observam-se múltiplas imagens císticas, com hipersinal em T2, com tamanhos variados e não comunicantes (setas vermelhas) (figuras 1 e 2).

Diagnósticos diferenciais: O principal diagnóstico diferencial ocorre com as hidronefroses renais acentuadas. Outros diagnósticos diferenciais importantes são: doença policística autossômica recessiva, megacalicose, hipoplasia renal e outros.

Autoria principal: Elazir Mota (Radiologia, especialista em Radiologia Pediátrica).

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