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Sinovite Transitória de Quadril

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Texto alternativo para a imagem Figuras 1 e 2. Créditos: Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ.

Descrição das figuras 1 e 2: Ultrassonografia de quadris. Menino, paciente de 9 anos de idade, com claudicação à direita. Observa-se que no quadril direito há abaulamento da cápsula articular anteriormente, que contém líquido (setas brancas). Já o quadril esquerdo está completamente normal, sem abaulamento da cápsula iliofemoral.

Sinovite transitória do quadril: É a causa não traumática mais comum de claudicação aguda em crianças. Sua etiopatogenia é ainda incerta. Ocorre com maior frequência entre 4 e 10 anos de vida, com predomínio no sexo masculino.

Quadro clínico: Em geral, surge após episódio prévio de infecção respiratória alta. Ao exame físico, paciente não se apresenta sistematicamente doente, embora a articulação afetada comumente seja muito dolorosa. A limitação do movimento do quadril é evidente e, em geral, há dor com movimento passivo.

    Exames de imagem: São solicitados preferencialmente a radiografia e a ultrassonografia de quadris:
  • Radiografia da bacia : Na maioria dos casos, será absolutamente normal, especialmente se a quantidade de líquido articular for pequena. Nos derrames volumosos, podemos observar um deslocamento medial da linha do psoas. Sua maior utilidade é afastar outras causas/etiologias de claudicação na infância;
  • Ultrassonografia do quadril ( exame de escolha ): Solicitada para avaliação e procura do derrame articular. Durante o exame, observa-se a elevação da cápsula iliofemoral ao nível do colo femoral (como na imagem acima). Importante lembrar que, como a sinovite é uma condição comum na população pediátrica, a ultrassonografia acaba sendo o método mais viável por ser uma exame de mais rápida realização e sem necessidade de sedação;
  • Ressonância magnética do quadril: Pode ser interessante diante da suspeita de artrite séptica, onde observam-se outros achados de imagem, como espessamento e realce sinovial, coleções articulares e alterações nas partes moles adjacentes. No entanto, deve-se ter em mente que, por se tratar de um exame mais longo, na faixa etária de acometimento (4 a 10 anos), a maioria dos pacientes necessitará de sedação para realização da RM. Desse modo, se a suspeita clínica for de sinovite transitória, a ultrassonografia é o melhor método.

Diagnósticos diferenciais: O principal diagnóstico diferencial por imagem é com artrite séptica. É necessário correlacionar com história clínica adequada e exames laboratoriais.

Autoria principal: Elazir Mota (Radiologia, especialista em Radiologia Pediátrica).

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