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Tireoidite de Hashimoto

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Texto alternativo para a imagem Figura 1. Créditos: Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ
Texto alternativo para a imagem Figura 2. Créditos: Dra. Elazir Mota - Rio de Janeiro/RJ

Descrição das figuras 1 e 2: Ultrassonografia de tireoide evidenciando glândula aumentada, heterogênea, contendo algumas áreas hipoecoicas mal definidas. Ao color Doppler, observa-se aumento difuso da vascularização do parênquima glandular.

Tireoidite de Hashimoto: Também conhecida como tireoidite linfocítica crônica, trata-se de uma doença autoimune, ocorrendo, mais comumente, em adolescentes e mulheres jovens (cinco a oito vezes mais comum nas mulheres quando comparado aos homens).

A tireoidite de Hashimoto é a causa mais comum de hipotireoidismo permanente em regiões sem deficiência na ingestão de iodo, correspondendo a mais de 90% dos casos. Uma história familiar positiva de doença tireoidiana é comum e o risco da doença aumenta nos pacientes portadores de cromossomopatias, incluindo síndrome de Turner, Down e Klinefelter. Existe também uma maior associação com outras doenças autoimunes, como artrite reumatoide, lúpus, bem como associação com endocrinopatias, como diabetes mellitus e hipoparatireoidismo.

Quadro clínico: A maioria dos pacientes, inicialmente, é eutireoidea e com a evolução da doença torna-se hipotireoidea. Boa parte dos casos não requer avaliação por imagem, mas nos casos duvidosos ela torna-se necessária.

    Exames de imagem: O grande exame para avaliação da glândula tireoide é a ultrassonografia.
  • Ultrassonografia de tireoide: Os principais achados são aumento glandular difuso, com parênquima tireoidiano apresentando textura heterogênea, contendo múltiplos pequenos nódulos hipoecoicos, refletindo a infiltração por tecido linfoide e degeneração folicular. Na maioria dos casos, há aumento da vascularização no estudo com Doppler colorido. Em fases mais tardias da doença, a glândula tireoidiana pode apresentar dimensões reduzidas e hiperecoica, com vascularização reduzida ao Doppler colorido, traduzindo evolução para atrofia e fibrose (figura 2).

Diagnósticos diferenciais: L infoma de tireoide , carcinoma papilífero de tireoide, tireoidite de Quervain.

Autoria principal: Elazir Mota (Radiologia, especialista em Radiologia Pediátrica).

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