A boa prescrição requer necessariamente o uso de lógica e bom senso. A máxima
primum non nocere
e a consideração de riscos e benefícios são essenciais à boa prática médica.
A prescrição racional de medicamentos significa a escolha do melhor tratamento medicamentoso, com base nos critérios de eficácia, segurança, aplicabilidade (comodidade) e custo financeiro para o paciente.
Para orientar o médico, sugerimos alguns passos para o sucesso da prescrição, lembrando da importância de uma postura criteriosa do profissional diante das possibilidades de uso de diferentes medicamentos, com o objetivo de buscar a melhor alternativa terapêutica para a prescrição de seu paciente:
Definir o problema do paciente;
Especificar o objetivo terapêutico;
Verificar se o tratamento é adequado ao paciente: considerar eficácia, custo, segurança, conveniência e aplicabilidade;
Fazer a prescrição de forma clara, legível e com indicações precisas;
Fornecer instruções, informações e recomendações ao paciente: efeitos do medicamento, colaterais possíveis, instruções de uso e avisos;
Monitorizar o tratamento.
Componentes Básicos da Receita Médica
Tipo de receita;
Data;
Individualidade;
Via de administração;
Fármaco: genérico e/ou comercial;
Posologia e forma de apresentação;
Tempo de uso;
Indicação;
Advertências;
Efeitos colaterais principais.
Considerações
O conhecimento da fisiopatologia das doenças, aliado às noções de farmacocinética e farmacodinâmica, são essenciais para a boa prescrição;
Avalie criteriosamente as propagandas e conheça a história dos fármacos;
Uma prática sugerida é a de se "colocar no lugar do paciente", para ser compreensivo em suas apreensões.
Autoria principal:
Gustavo Guimarães Moreira Balbi (Clínica Médica e Reumatologia).
Equipe adjunta:
Gabriel Quintino Lopes (Clínica Médica e Cardiologia);
Lívia Pessôa de Sant'Anna Coelho (Clínica Médica e Hematologia).
Santi LQ. Prescrição: o que levar em conta? [Internet]. Brasília, DF: OPAS; 2016.
Organização Mundial da Saúde. Guia para a boa prescrição médica. Porto Alegre: Artmed; 1998. 124.
Porto & Porto. Semiologia médica. 7a edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2013.