'
A decisão de indicar a admissão do paciente na unidade de terapia intensiva é complexa, pois pode alterar significativamente o desfecho dos pacientes graves.
Com frequência, os doentes são admitidos nas UTIs com atraso com relação ao momento da indicação deste tipo de cuidado.
Em linhas gerais, precisam ser internados no CTI os pacientes portadores de instabilidade atual ou potencial dos principais sistemas orgânicos e que se beneficiarão dos tratamentos atualmente disponíveis.
São necessários critérios objetivos, baseados em níveis de prioridades, para funcionar na triagem de pacientes que terão maiores benefícios do suporte de terapia intensiva, melhorando a utilização dos recursos disponíveis.
Essa avaliação, idealmente, deve ser feita por toda a equipe que atua nessas unidades: Médicos e enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, farmacêuticos.
Recomenda-se considerar os principais modelos clínicos e laboratoriais que podem requerer internação em unidade fechada.
Na chegada do paciente, toda equipe deverá estar no leito para recebê-lo e admiti-lo, se possível, conforme rotina do setor. Todos os materiais dos leitos devem ter sido verificados já no inicio de cada plantão.
Preencher a ficha de admissão, de maneira sucinta e objetiva, com os dados mais pertinentes ao contexto clínico.
Procurar informações com o médico responsável pela transferência do paciente, com o médico assistente e com familiares (se presentes).
Inventário de lesões, cicatrizes, acessos, sondas, cateteres e via aérea avançada previamente existentes no paciente. Usualmente, opta-se pela troca de alguns equipamentos invasivos em até 24-48 horas da admissão.
Transcrição de exames complementares recentes e que se relacionem com o caso.
Solicitação de rotina laboratorial de acordo com o CTI, incluindo coleta de culturas: Sangue, urina, escarro, fezes, conforme indicação.
Autoria principal:
Gustavo Guimarães Moreira Balbi (Clínica Médica e Reumatologia).
Revisão:
Filipe Amado (Medicina Intensiva).
Azevedo LCS, Taniguchi LU, Ladeira JP. Medicina Intensiva: Abordagem prática. 5a. ed. São Paulo: Manole, 2022.
Conselho Federal de Medicina. Resolução CFM nº 2.156/2016. [Internet]. Brasília: CFM, 2016. (Acesso em 29 jan 2023).
Ministério da Saúde (BR), Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº 7/2010. [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. (Acesso em 29 jan 2023).
Nates JL, Nunnally M, Kleinpell R, et al. ICU Admission, Discharge, and Triage Guidelines: A Framework to Enhance Clinical Operations, Development of Institutional Policies, and Further Research. Crit Care Med. 2016; 44(8):1553-1602.