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A hiperglicemia é comum durante a evolução das doenças agudas graves, principalmente nas unidades de terapia intensiva, e está associada a pior desfecho clínico (ex.: infecções graves, polineuropatia, disfunção multiorgânica, retardo na cicatrização).
Por outro lado, existe a tendência inadequada, por parte de muitos médicos, de interromper o aporte nutricional do paciente que apresenta piora clínica evolutiva. Sabe-se que, em muitos casos, esse excesso de zelo é prejudicial ao curso clínico da doença.
Sepse:
Após as 6 horas iniciais de tratamento, os pacientes que forem admitidos com sepse grave, choque séptico e hiperglicemia devem receber insulinoterapia venosa para reduzir os níveis de glicemia. Esse controle deve ser cuidadoso, pois esse grupo de pacientes está sob maior risco para desenvolver hipoglicemia.
Autoria principal: Luiza Ruschel Siffert (Clínica Médica, Endocrinologia e Nutrologia).
Revisão: Filipe Amado (Medicina Intensiva e Medicina de Emergência).
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