'
Agentes vasoativos são amplamente utilizados no tratamento de choque circulatório, insuficiência cardíaca e emergências hipertensivas com o objetivo de restaurar a perfusão tecidual e/ou evitar o colapso cardiovascular.
Seu uso, no entanto, envolve o conhecimento das propriedades farmacológicas de cada agente nos diferentes receptores adrenérgicos, bem como os efeitos resultantes, seja na vasoconstrição, vasodilatação, frequência cardíaca (efeito cronotrópico) ou na força de contração do coração (efeito inotrópico).
A tabela adiante compara os principais agentes vasoativos e inotrópicos em relação a suas ações em receptores adrenérgicos e dopaminérgicos e seus consequentes efeitos no sistema cardiovascular. Eles serão descritos detalhadamente a seguir.
O uso de vasopressores está indicado principalmente após ressuscitação volêmica não eficaz, ou durante a ressuscitação em hipotensos graves.
Qual inotrópico utilizar no choque cardiogênico: Milrinona ou Dobutamina?
Indicados, em especial, para pacientes com ressuscitação volêmica adequada que se apresentem normotensos ou hipertensos, principalmente na abordagem ao choque cardiogênico (CC), angina
pectoris
e emergência hipertensiva (EH).
O agente de escolha é, habitualmente, o Nitroprussiato para a EH e para o CC, ficando reservado o uso da Nitroglicerina para os coronariopatas, por seu efeito dilatador coronariano.
Posso fazer megabólus de Nitrato na emergência hipertensiva?
Quando e como utilizar a vasopressina no choque séptico?
Drogas vasoativas: como otimizar o uso na prática clínica?
VanValkinburgh D, Kerndt CC, Hashmi MF. Inotropes and Vasopressors. [Internet]. StatPearls. Treasure Island, FL: StatPearls Publishing. (Accessed on January 9, 2024).
Teja B, Bosch NA, Walkey AJ. How We Escalate Vasopressor and Corticosteroid Therapy in Patients With Septic Shock. Chest. 2023; 163(3):567-574.
Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving Sepsis Campaign: International Guidelines for Management of Sepsis and Septic Shock 2021. Crit Care Med. 2021; 49:e1063.
Ballieu P, Besharatian Y, Ansari S. Safety and Feasibility of Phenylephrine Administration Through a Peripheral Intravenous Catheter in a Neurocritical Care Unit. J Intensive Care Med. 2021; 36:101.
Jeon K, Song JU, Chung CR, et al. Incidence of hypotension according to the discontinuation order of vasopressors in the management of septic shock: a prospective randomized trial (DOVSS). Crit Care. 2018; 22:131.
McIntyre WF, Um KJ, Alhazzani W, et al. Association of vasopressin plus catecholamine vasopressors vs. catecholamines alone with atrial fibrillation in patients with distributive shock: a systematic review and meta-analysis. JAMA. 2018; 319:1889.
Rhodes A, Evans LE, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock: 2016. Crit Care Med. 2017; 45:486.
Landoni G, Lomivorotov VV, Alvaro G, et al. Levosimendan for hemodynamic support after cardiac surgery. N Engl J Med. 2017; 376(21):2021-2031.
Mehta RH, Leimberger JD, van Diepen S, et al. Levosimendan in patients with left ventricular dysfunction undergoing cardiac surgery. N Engl J Med. 2017; 376(21):2032-2042.