' PCR e Suporte Avançado de Vida - Prescrição
Conteúdo copiado com sucesso!

PCR e Suporte Avançado de Vida

Voltar

Definição: A parada cardiorrespiratória (PCR) ocorre com a interrupção total da circulação sanguínea e da respiração devido a uma parada cardíaca, afetando o suprimento de sangue ao corpo e ao cérebro e levando à parada respiratória. Sem intervenção imediata, como reanimação cardiopulmonar (RCP) e desfibrilação, a PCR pode causar a morte rapidamente por falta de oxigênio em órgãos vitais, incluindo coração e cérebro.

Na UTI, é crucial distinguir entre PCR e a progressão natural para o óbito, este último ocorrendo apesar dos tratamentos. Essa distinção é vital para decidir se devemos ou não iniciar as manobras de reanimação cardiopulmonar em caso de PCR. [cms-watermark]

No ambiente hospitalar, o suporte à vida baseia-se na avaliação secundária, com poucas exceções. A avaliação primária é conhecida como ABCDE.

    Conforme cada caso, tornam-se objetivos imediatos:
  • Identificação do ritmo de parada; [cms-watermark]
  • Compressão torácica; [cms-watermark]
  • Obtenção de via aérea segura; [cms-watermark]
  • Ventilação; [cms-watermark]
  • Infusão de fármacos ou soluções; [cms-watermark]
  • Medidas de cuidado adicional. [cms-watermark]
[cms-watermark]

Treinamento da equipe quanto ao atendimento da PCR: Deve ter como objetivo principal reduzir o tempo de resposta e comunicação efetiva ("em alça" entre a equipe), visando à atuação rápida e eficiente. [cms-watermark]

  1. Verificar se a vítima responde e respira. Observe se há ausência de respiração ou apenas gasping .
  2. Peça ajuda e o desfibrilador externo.
  3. Avalie se há pulso carotídeo em, no máximo, 10 segundos. A verificação da respiração e do pulso pode ser feita simultaneamente, em até 10 segundos.
  4. Inicie as compressões torácicas (RCP).
Texto alternativo para a imagem Figura 1. Ilustração de condutas na RCP. Adaptada de: American Heart Association, 2020
  • Hipovolemia;
  • Hipoxemia;
  • H+ (acidose);
  • Hiper ou hipopotassemia;
  • Hipotermia;
  • Toxinas (intoxicação exógena);
  • Trombose de coronária;
  • Tromboembolismo pulmonar;
  • Tensão no tórax (pneumotórax);
  • Tensão no pericárdio (tamponamento).
    Esses distúrbios são mais comuns nas seguintes situações clínicas:
  • Infarto agudo do miocárdio;
  • Insuficiência cardíaca aguda;
  • Síndrome de isquemia-reperfusão sistêmica;
  • Doença pulmonar (DPOC ou asma descompensados);
  • Tromboembolismo pulmonar;
  • Trauma grave;
  • Hipovolemia e choque circulatório;
  • Sepse e/ou acidose graves;
  • Distúrbios hidroeletrolíticos graves (hipo ou hipercalcemia, hipomagnesemia, hipo ou hipercalemia).
  • As duas prioridades são compressões eficazes sem interrupções e desfibrilação nos casos de FV/TV;
  • Posicionar as duas mãos sobre a metade inferior do esterno (f igura 2 );
  • Realizar as compressões torácicas com os braços esticados e com o corpo do socorrista inclinado para a frente (f igura 3 );
  • Realizar compressões torácicas a uma frequência de 100-120/minuto, comprimindo a uma profundidade entre 5-6 cm; se houver dispositivo de feedback , utilize-o (f igura 4 ); [cms-watermark]
  • Permitir o retorno total do tórax após cada compressão; [cms-watermark]
  • Minimizar as interrupções nas compressões (se for necessária interrupção da RCP para realização de algum procedimento, tentar fazê-lo no momento da checagem de pulso); [cms-watermark]
  • A cada 2 minutos, faça uma pausa nas compressões para checar o ritmo cardíaco. Aproveite esse momento para trocar os socorristas (evitar fadiga);
  • Sem via aérea avançada: Relação compressão-ventilação de 30:2 (cada ventilação administrada em 1 segundo, provocando a elevação do tórax); [cms-watermark]
  • Com via aérea avançada: 8-10 ventilações por minuto (intervalo aproximado de 6 segundos entre as ventilações) de forma ininterrupta – evitar a hiperventilação que é prejudicial; [cms-watermark]
  • Capnografia quantitativa com forma de onda – meta: PETCO 2 10-20 mmHg (f igura 5 ); [cms-watermark]
  • Pressão intra-arterial – meta: Diastólica > 20 mmHg. [cms-watermark]
Texto alternativo para a imagem Figura 2. Posição das mãos na RCP. Adaptada de: Oiseth S, et al., 2022
Texto alternativo para a imagem Figura 3. Posição do corpo do socorrista na RCP. Adaptada de: American Heart Association, 2012
Texto alternativo para a imagem Figura 4. Posição das mãos no esterno do paciente e aprofundamento do tórax durante as compressões torácicas. Adaptada de: American Heart Association, 2012
Texto alternativo para a imagem Figura 5. Capnografia. Interpretação da capnografia. (A) Curva normal demonstrando os quatro ciclos respiratórios. (B) Curva que mostra se o tubo endotraqueal está mal colocado (intubação esofágica) ou se o paciente está em PCR (falha ao produzir dióxido de carbono). (C) Curva com aumento dos níveis de ETCO 2 associado ao retorno da circulação espontânea. (D) Curva com queda dos níveis de ETCO 2 associada à diminuição da qualidade das compressões torácicas. Adaptada de: Pozner CN, et al., 2012
  • Pode ser supraglótica ou intubação endotraqueal; [cms-watermark]
  • Utilizar capnografia com forma de onda, evidenciando posicionamento correto do tubo (curva mostrada na figura 5); [cms-watermark]
  • No caso de ventilação durante a PCR, o ideal é a utilização de dispositivo bolsa-válvula-máscara acoplado ao tubo endotraqueal, com fonte de oxigênio a 100% (fluxo de O 2 de 12-15 L/minuto); [cms-watermark]
  • 10 ventilações/minuto, com compressões torácicas contínuas (intervalo aproximado de 6 segundos entre as ventilações). [cms-watermark]

Devo garantir uma via aérea avançada precocemente à PCR?

Assim que o desfibrilador estiver disponível, a análise do ritmo da PCR deve ser realizada. A análise pode evidenciar ritmos não chocáveis (assistolia ou AESP) ou chocáveis (fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem pulso).

Ritmos Não Chocáveis

  • Atividade elétrica sem pulso (AESP) (figura 6); [cms-watermark]
  • Assistolia (figura 7).
Texto alternativo para a imagem Figura 6. Atividade elétrica sem pulso
Texto alternativo para a imagem Figura 7. Assistolia
    Tratar causas reversíveis (5H e 5T) de atividade elétrica sem pulso (AESP) ou assistolia: É o principal fator determinante da reversão da PCR:
  • Hipovolemia; [cms-watermark]
  • Hipotermia;
  • Hipóxia;
  • Hidrogênio (acidose);
  • Hipo/hipercalemia;
  • Tensão do tórax por pneumotórax;
  • Tamponamento cardíaco; [cms-watermark]
  • Toxinas (intoxicação); [cms-watermark]
  • Tromboembolismo pulmonar; [cms-watermark]
  • Trombose coronária (IAM). [cms-watermark]

Epinefrina: O principal fármaco durante a RCP de um paciente com ritmo não chocável é a Epinefrina, que deve ser administrada assim que possível. Sua administração precoce, [cms-watermark] se ritmo não chocável, ganhou ainda mais ênfase em 2020. [cms-watermark]

    Atenção! Protocolo da "linha reta": Ao observar uma "linha reta", não presumir que seja assistolia. Verificar o protocolo da linha reta para identificar ou descartar causas de um eletrocardiograma (ECG) isoelétrico:
  • Conferir cabeamento do monitor; [cms-watermark]
  • Aumentar a amplitude do traçado para que as ondas finas não pareçam linhas retas; [cms-watermark]
  • Mudar a derivação (se pás estão sendo utilizadas, deve-se reposicioná-las em 90º no sentido anti-horário). [cms-watermark]

Ritmos Chocáveis

    Taquicardia ventricular (TV) e fibrilação ventricular (FV): [cms-watermark]
  • Escolha da energia do choque: [cms-watermark]
    • Desfibrilador monofásico: 360 J; [cms-watermark]
    • Desfibrilador bifásico: 120-200 J (recomendação do fabricante). Se desconhecida, deve-se considerar usar a máxima disponível; as subsequentes devem ser, no mínimo, equivalentes.
Texto alternativo para a imagem Figura 8. Taquicardia ventricular monomórfica
Texto alternativo para a imagem Figura 9. Taquicardia ventricular polimórfica
Texto alternativo para a imagem Figura 10. Fibrilação ventricular
  • Ciclo de ressuscitação cardiopulmonar: Compressões torácicas (5 ciclos de 30:2 ou 2 minutos) → checagem de ritmo → choque se FV/TV → compressões torácicas → checagem de ritmo → checagem de pulso de ritmo organizado ou novo choque se FV/TV;
  • Terapia medicamentosa de escolha: Obter acesso venoso (AV) periférico ou intraósseo (IO) o quanto antes. Não retardar o uso das medicações por impossibilidade de AV. Enquanto o acesso AV ou IO está sendo providenciado, há a opção de utilizar o tubo orotraqueal (TOT) para administração da Adrenalina/Epinefrina, Lidocaína, Atropina e Naloxona, quando indicadas. Dessa forma, deve-se dobrar a dose das medicações e diluir em 5-10 mL de água destilada. A absorção pode ser errática utilizando-se o TOT: [cms-watermark]
    • Adrenalina/Epinefrina: 1 mg (1 ampola) a cada 3-5 minutos; administrar após falha da segunda tentativa de desfibrilação (ou seja, no segundo ciclo da RCP). Ou administrar assim que for identificado um ritmo não chocável;
    • Amiodarona: 1ª dose: 300 mg (2 ampolas); 2ª dose: 150 mg (1 ampola) EV/intraóssea (apenas em ritmos chocáveis, exceto TV polimórfica), após três choques sem sucesso (ou seja, no 3º ciclo da RCP);
    • Lidocaína: Pode ser usada como alternativa à Amiodarona; 1-1,5 mg/kg de ataque (apenas em ritmos chocáveis). Se refratário: 0,5-0,75 mg/kg, repetir em 5-10 minutos, até o máximo de 3 doses, ou dose total de 3 mg/kg; 2-4 mg/minuto (30-50 microgramas/kg/minuto) de manutenção (após retorno da circulação espontânea);
    • Sulfato de magnésio (1 g/10 mL): TV polimórfica (torção das pontas); 1-2 g de ataque; 1-2 g/hora de manutenção (após retorno da circulação espontânea).


    Texto alternativo para a imagem Figura 11. Ressuscitação cardiopulmonar (RCP)

Qual o manejo de medicações na PCR?

Ainda há espaço para Vasopressina e Metilprednisolona na parada cardíaca?

    Observações:
  • Reverter acidose: A correção da acidose na PCR deve ser realizada com infusão rápida de Bicarbonato de sódio 8,4% (1 mEq/mL) 1 mEq/kg, preferencialmente em veia central;
  • Reverter hipocalemia: A reversão da hipocalemia pode ser tentada com infusão de Cloreto de potássio 19,1% (2,5 mEq/mL) 4 mL diluídos, preferencialmente em veia central, em até 10 minutos;
  • POCUS: Não há indicação de realizar ultrassom point of care de rotina para investigar causas de PCR. Se for usado, não interromper compressões torácicas para fazer o exame.
  • Pulso e pressão arterial;
  • Aumento abrupto prolongado no PETCO 2 (normalmente, 35-45 mmHg);
  • Variabilidade espontânea na pressão arterial com monitorização intra-arterial.
    Cuidados pós-PCR: [cms-watermark]
  • Conferir imediatamente os sinais vitais para otimizar a função cardiopulmonar e a perfusão de órgãos vitais após o RCE; [cms-watermark]
  • Transportar/transferir para um hospital apropriado ou UTI com sistema completo de tratamento pós-PCR; [cms-watermark]
  • Identificar e tratar síndromes coronarianas agudas (SCAs) e outras causas reversíveis: fazer um ECG ;
  • Controle direcionado da temperatura para otimizar a recuperação neurológica em pacientes inconscientes; [cms-watermark]
  • Prever, tratar e prevenir a disfunção múltipla de órgãos. Coletar sangue para avaliar função renal, eletrólitos, gasometria, lactato e troponina;
  • Não há evidência favorável ao uso de fármacos antiarrítmicos profiláticos após uma PCR. [cms-watermark]
    Metas de reanimação hemodinâmica: [cms-watermark]
  • PAM: 65-100 mmHg; [cms-watermark]
  • PVC: 8-12 mmHg; [cms-watermark]
  • Lactato: redução progressiva; [cms-watermark]
  • SvcO 2 : > 70%; [cms-watermark]
  • Hemoglobina: ≥ 7-12 g/dL, se possível; [cms-watermark]
  • Débito urinário: > 1 mL/kg/hora. [cms-watermark]
    Monitorização na síndrome pós-PCR: [cms-watermark]
  • Monitor cardíaco; [cms-watermark]
  • Pressão arterial invasiva e pressão venosa central; [cms-watermark]
  • Oximetria de pulso; [cms-watermark]
  • SvcO 2 ; [cms-watermark]
  • Eletrocardiograma; [cms-watermark]
  • Radiografia de tórax; [cms-watermark]
  • Exames de sangue:
    • Lactato; [cms-watermark]
    • Glicemia; [cms-watermark]
    • Eletrólitos; [cms-watermark]
    • Hemograma; [cms-watermark]
    • Gasometria arterial.
  • Monitorização hemodinâmica (se disponível): ecocardiografia e medidas de débito cardíaco;
  • Monitorização neurológica (conforme indicação): eletroencefalograma, tomografia e/ou ressonância nuclear magnética de crânio.
    Conduta inicial pós-PCR: [cms-watermark]
  • Dieta oral zero; [cms-watermark]
  • Nutrição via enteral contínua: iniciar a ~ 20 mL/hora (evitar alimentação parenteral), desde que haja trânsito intestinal e a radiografia de tórax não evidencie contraindicações; [cms-watermark]
  • Cabeceira elevada a 30º, mantendo cabeça alinhada com tronco; [cms-watermark]
  • Reposição volêmica: Solução cristaloide ~ 30-40 mL/kg/dia EV (ou volume suficiente para manter débito urinário > 1 mL/kg/hora); [cms-watermark]
  • Suporte respiratório: Administrar O 2 pela via adequada e aspirar regularmente as vias aéreas, se necessário. Buscar alvo de pCO 2 de 40 mmHg, SpO 2 > 94% e evitar hiperóxia;
  • Sedação (avaliar nível de sedação conforme alvo de RASS estabelecido):
    • Fentanila: 50 mL (2.500 microgramas/50 mL) puros (concentração: 50 microgramas/mL); 0,5-5 microgramas/kg/hora; [cms-watermark]
    • Midazolam: 50 mL (250 mg/50 mL) + 200 mL de SF 0,9% ou SG 5% (concentração: 1 mg/mL); 50 mL (250 mg/50 mL) puros (concentração: 5 mg/mL); 20-600 microgramas/kg/hora; [cms-watermark]
    • Propofol : Frasco 50 mL (10 mg/mL) puro em bomba infusora; 0,5-5 mg/kg/hora. [cms-watermark]
  • O objetivo principal é prevenir o dano neurológico pós-PCR, evitando a febre, e buscar temperatura alvo entre 32 o C e 36 o C por pelo menos 24 horas; [cms-watermark]
  • A aferição deve ser central por termômetros esofágicos (preferencialmente), vesicais ou retais; [cms-watermark]
  • Benefício ainda incerto; a maior evidência é evitar e combater a febre por pelo menos 72 horas após a PCR em pacientes que mantêm comatose; alvo de temperatura < 37,5º C;
  • Critérios de inclusão: Pacientes que não atendem aos comandos ou que não mostram movimentos intencionais (comatosos); iniciar em até 6 horas após o RCE por PCR em FV/TV, em pacientes entubados, estáveis hemodinamicamente com ou sem aminas vasoativas; [cms-watermark]
  • Critérios de exclusão: Risco potencial ou situação atual de sangramento ou infecção, estado comatoso por outras causas (ex.: drogas); [cms-watermark]
  • Solução salina isotônica a 4 o C 30 mL/kg, de preferência infundida em bolsa pressórica, objetivando a redução da temperatura de 2 o C/hora (suspender se temperatura < 34 o C). Atentar para pacientes com congestão pulmonar, doença renal ou insuficiência cardíaca. Nesses casos, é preferível associar 1-2 L de solução salina resfriada ao método de resfriamento pela superfície corporal:
    • O método de resfriamento pela pele inclui a aplicação de pacotes de gelo na axila, na virilha e no pescoço associada a cobertores de resfriamento. Dessa forma, é alcançada a redução da temperatura corporal de 0,5 o C a 1 o C/hora;
    • Com a intenção de evitar tremores ( shivering ) e o aumento da temperatura, pode-se utilizar Dipirona regular, Meperidina 100 mg EV de 4/4 horas (atenção aos pacientes renais crônicos) e, quando necessário, bloqueadores neuromusculares, como o Cisatracúrio (0,1-0,2 mg/kg EV em bólus seguido de 1-3 microgramas/kg/minuto), associados ao monitoramento por eletroencefalograma (risco de convulsão mascarada).
  • Reaquecimento: Geralmente iniciado após 24 horas da hipotermia a uma velocidade de até 0,5 o C/hora até 36 o C (geralmente 8-12 horas). A elevação rápida da temperatura pode causar hipercalemia, edema cerebral e convulsões. Suspender os bloqueadores neuromusculares assim que a temperatura alvo for atingida. A suspensão da sedação venosa será de conduta individual.
    Alguns achados podem influenciar a equipe de RCP a interromper a reanimação:
  • Tempo de RCP > 30 minutos sem retorno de ritmo sustentado; [cms-watermark]
  • Ritmo de parada em assistolia;
  • Tempo prolongado entre a PCR e o início da RCP; [cms-watermark]
  • Idade do paciente e comorbidades; [cms-watermark]
  • Ausência de reflexos de tronco cerebral; [cms-watermark]
  • Normotermia.
  • Equipe não treinada e/ou não coordenada : é n ecessário um líder que realize a coordenação e promova a comunicação entre os integrantes do time de RCP:
    • Se o líder precisar assumir outra função durante a RCP, outro médico deve ocupar seu posto ou dividir as ações de líder com outra função que seja necessária durante a RCP;
    • Os comandos durante a RCP devem ser direcionados ao integrante, de preferência pelo nome, e ele deve responder positivamente ao comando (comunicação em alça fechada).
  • Falta de equipamentos para RCP;
  • Falha no uso dos equipamentos de RCP (falta de manutenção ou uso inadequado pela equipe).
  • O desempenho da RCP de alta qualidade inclui profundidade e taxa de compressão adequadas, minimizando as pausas nas compressões;
  • Desfibrilação precoce em conjunto com RCP de alta qualidade é crucial para a sobrevivência dos pacientes no caso de PCR por fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso; [cms-watermark]
  • Administração de Epinefrina em conjunto com RCP de alta qualidade está associada a melhor sobrevida, especialmente nos pacientes com PCR por ritmos não chocáveis;
  • Reconhecer que os eventos de PCR têm causas variáveis é fundamental. A conduta especializada é necessária para muitas condições (ex.: distúrbios eletrolíticos, gestação e pós-operatório de cirurgia cardíaca);
  • A epidemia de opioides resultou em um aumento de parada cardíaca extra-hospitalar associada a opioides, com a base do atendimento permanecendo a ativação dos sistemas de resposta de emergência e a realização de RCP de alta qualidade, com incorporação do antídoto Naloxona ao algoritmo a pacientes com suspeita de intoxicação por opioides;
  • Os cuidados pós-PCR constituem componente crítico na cadeia de sobrevivência e demandam um sistema estruturado e multidisciplinar, com protocolos bem estabelecidos e gerenciados para resultados ideais para o paciente;
  • O início precoce do controle direcionado de temperatura é necessário para todos os pacientes que não obedecem a comandos após RCE visando a melhores desfechos funcionais e neurológicos;
  • Alinhamento de expectativas de recuperação/sobrevivência e de planejamento terapêutico e de reabilitação para pacientes sobreviventes a uma PCR e seus cuidadores, otimizando a transição do hospital para o cenário extra-hospitalar (clínicas de reabilitação, domicílio, etc.).
    Autorias principais:
  • Lívia Pessôa de Sant'Anna Coelho (Clínica Médica e Hematologia);
  • Bernardo Schwartz E. Mello (Cirurgia Geral e Medicina Intensiva).

Revisão: Yuri Albuquerque (Medicina Intensiva).

    Equipe adjunta:
  • Angelo Luís Tonon (Cirurgia Geral);
  • Diogo Moreira Perlingeiro (Urologia e Cirurgia Geral);
  • Felipe Victer (Cirurgia Geral);
  • Leonardo Dinis de Albuquerque (Cirurgia Geral);
  • Rafael Arruda Alves (Emergencista com especialidade em Emergência Pediátrica e Medicina Intensiva);
  • Vinicius Zofoli (Terapia Intensiva);
  • Aluisio Reis (Cirurgia Torácica);
  • Jader David Ricco (Cirurgia Oncológica);
  • Mariane Savio (Coloproctologia);
  • Matheus Meira (Cirurgia do Aparelho Digestivo e Videolaparoscopia);
  • Matheus Furtado (Cirurgia Cardiovascular);
  • Vanessa Nascimento (Cirurgia Pediátrica Geral pelo IFF/FIOCRUZ e Oncológica pelo INCA).

Oiseth S, Jones L, Maza E. Reanimação Cardiopulmonar (RCP). [Internet]. Lecturio. Leipzig, Germany: Lecturio. (Accessed on February 9, 2024). [cms-watermark]

Wyckoff MH, Greif R, Morley PT, et al. 2022 International Consensus on Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care Science With Treatment Recommendations: Summary From the Basic Life Support; Advanced Life Support; Pediatric Life Support; Neonatal Life Support; Education, Implementation, and Teams; and First Aid Task Forces. Circulation. 2022; 146(25):e483-e557. [cms-watermark]

Panchal AR, Bartos JA, Cabañas JG, et al. Part 3: Adult Basic and Advanced Life Support: 2020 American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Circulation. 2020; 142(16_suppl_2):S366-S468. [cms-watermark]

American Heart Association. Guidelines for CPR and ECC. Dallas: American Heart Association, 2020.

American Heart Association. Destaques da American Heart Association, 2018: Atualização das Diretrizes de RCP e ACE. Dallas: American Heart Association, 2018.