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Definição: A parada cardiorrespiratória (PCR) ocorre com a interrupção total da circulação sanguínea e da respiração devido a uma parada cardíaca, afetando o suprimento de sangue ao corpo e ao cérebro e levando à parada respiratória. Sem intervenção imediata, como reanimação cardiopulmonar (RCP) e desfibrilação, a PCR pode causar a morte rapidamente por falta de oxigênio em órgãos vitais, incluindo coração e cérebro.
Na UTI, é crucial distinguir entre PCR e a progressão natural para o óbito, este último ocorrendo apesar dos tratamentos. Essa distinção é vital para decidir se devemos ou não iniciar as manobras de reanimação cardiopulmonar em caso de PCR.
No ambiente hospitalar, o suporte à vida baseia-se na avaliação secundária, com poucas exceções. A avaliação primária é conhecida como ABCDE.
Treinamento da equipe quanto ao atendimento da PCR: Deve ter como objetivo principal reduzir o tempo de resposta e comunicação efetiva ("em alça" entre a equipe), visando à atuação rápida e eficiente.
Figura 1.
Ilustração de condutas na RCP.
Adaptada de:
American Heart Association, 2020
Figura 2.
Posição das mãos na RCP.
Adaptada de:
Oiseth S, et al., 2022
Figura 3.
Posição do corpo do socorrista na RCP.
Adaptada de:
American Heart Association, 2012
Figura 4.
Posição das mãos no esterno do paciente e aprofundamento do tórax durante as compressões torácicas.
Adaptada de:
American Heart Association, 2012
Figura 5.
Capnografia. Interpretação da capnografia. (A) Curva normal demonstrando os quatro ciclos respiratórios. (B) Curva que mostra se o tubo endotraqueal está mal colocado (intubação esofágica) ou se o paciente está em PCR (falha ao produzir dióxido de carbono). (C) Curva com aumento dos níveis de ETCO
2
associado ao retorno da circulação espontânea. (D) Curva com queda dos níveis de ETCO
2
associada à diminuição da qualidade das compressões torácicas.
Adaptada de:
Pozner CN, et al., 2012
Devo garantir uma via aérea avançada precocemente à PCR?
Assim que o desfibrilador estiver disponível, a análise do ritmo da PCR deve ser realizada. A análise pode evidenciar ritmos não chocáveis (assistolia ou AESP) ou chocáveis (fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem pulso).
Figura 6.
Atividade elétrica sem pulso
Figura 7.
Assistolia
Epinefrina: O principal fármaco durante a RCP de um paciente com ritmo não chocável é a Epinefrina, que deve ser administrada assim que possível. Sua administração precoce, se ritmo não chocável, ganhou ainda mais ênfase em 2020.
Figura 8.
Taquicardia ventricular monomórfica
Figura 9.
Taquicardia ventricular polimórfica
Figura 10.
Fibrilação ventricular
Figura 11.
Ressuscitação cardiopulmonar (RCP)
Qual o manejo de medicações na PCR?
Ainda há espaço para Vasopressina e Metilprednisolona na parada cardíaca?
Revisão: Yuri Albuquerque (Medicina Intensiva).
Oiseth S, Jones L, Maza E. Reanimação Cardiopulmonar (RCP). [Internet]. Lecturio. Leipzig, Germany: Lecturio. (Accessed on February 9, 2024).
Wyckoff MH, Greif R, Morley PT, et al. 2022 International Consensus on Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care Science With Treatment Recommendations: Summary From the Basic Life Support; Advanced Life Support; Pediatric Life Support; Neonatal Life Support; Education, Implementation, and Teams; and First Aid Task Forces. Circulation. 2022; 146(25):e483-e557.
Panchal AR, Bartos JA, Cabañas JG, et al. Part 3: Adult Basic and Advanced Life Support: 2020 American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Circulation. 2020; 142(16_suppl_2):S366-S468.
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American Heart Association. Destaques da American Heart Association, 2018: Atualização das Diretrizes de RCP e ACE. Dallas: American Heart Association, 2018.