' Rastreio de Estafilococos (MRSA) - Prescrição
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Rastreio de Estafilococos (MRSA)

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    Indicações de rastreio:
  • Paciente transferido de outra instituição em que foi submetido a procedimento invasivo ou internação em unidade de terapia intensiva (UTI) ou que permaneceu internado por mais de 72 horas;
  • História de colonização ou infecção por Staphylococcus aureus resistente à Meticilina (MRSA);
  • Paciente renal crônico em diálise de outra instituição;
  • Internação nos últimos 3 meses em outra unidade (por mais de 7 dias ou com procedimento invasivo);
  • Pacientes transferidos de outra unidade, com histórico de uso de antimicrobiano, acamado, e tempo de internação superior a 7 dias;
  • Internação de curta permanência ou assistência em home care nos últimos 6 meses (por mais de 3 dias);
  • Pacientes dos serviços de dermatologia com lesão de pele (relativo).

Diversos estudos demonstraram que o rastreio universal não é custo-efetivo. O rastreio de MRSA deve ser voltado para populações-alvo.

  • Obter swa b umedecido em SF 0,9% da região anterior das narinas, de lesão cutânea que seja extensa ou com secreção, ou de ostomias;
  • No caso de pacientes com tubo orotraqueal (TOT) ou traqueostomia, aspirar secreção traqueal para recipiente estéril.
    Presença de dois desses três critérios:
  • Paciente acamado;
  • Uso de antimicrobianos;
  • Internação por mais de 7 dias.
  • Duração: 5 dias;
  • Técnica:
    • Banhos diário, incluindo couro cabeludo, com Clorexidina detergente. Proteger os ouvidos e olhos do paciente;
    • Mupirocina tópica 2% nas narinas anteriores e em lesões de pele (até 20% da superfície corporal), 3x/dia;
    • Nas lesões cutâneas, aplicar Mupirocina a cada troca de curativo. Não é necessário aplicá-la em região inguinal e axilar;
    • Quando possível, trocar cateter vesical, nasogástrico e outros dispositivos;
    • Observação! Colocar em precauções de contato os pacientes com história anterior de MRSA.
    Após 48 horas da suspensão das medidas de descolonização, coletar três swabs nasais consecutivos:
  • Negativo: Suspender as precauções de contato;
  • Positivo: Manter as precauções de contato e considerar novo processo de descolonização;
  • Realizar pesquisa semanal para MRSA em secreção nasal do paciente que permanecer internado após descolonização tópica;
  • Sempre que possível, pesquisar também o sítio anteriormente positivo;
  • Indivíduos com lesões de pele apresentam menores taxas de descolonização.

Autoria principal: Gustavo Guimarães Moreira Balbi (Clínica Médica e Reumatologia).

    Revisão:
  • Filipe Amado (Medicina Intensiva e Medicina de Emergência);
  • Mariana Sobreiro (Geriatria e Clínica Médica);
  • Isabel Cristina Melo Mendes (Infectologia).

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