Definição:
Infiltração intra-articular da articulação do cotovelo (umerorradial) através de punção por agulha.
Controle da sinovite nas articulações dos cotovelos acometidas pelas artropatias inflamatórias.
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Celulite/ piodermite no local de punção;
Suspeita de artrite séptica;
Existem estudos que demonstram que o risco de complicações em pacientes utilizando anticoagulação em doses terapêuticas é semelhante ao da população geral.
Pacote de gaze;
Álcool ou Clorexidina alcoólica;
Luvas estéreis (alguns autores utilizam luvas de procedimento comuns);
Seringa de rosca de 3 mL;
Agulha para aspiração dos medicamentos;
Agulha 30 x 7 mm para infiltração;
Corticoide injetável:
Formulações com Triancinolona (preferencialmente), Betametasona ou Metilprednisolona ‒ 1 a 3 mL de corticoide;
Lidocaína 2% sem vasoconstritor (1 mL);
Micropore ou esparadrapo para curativo.
Decúbito dorsal, com o cotovelo fletido a 45-90º, antebraço em pronação e apoiado sobre o tronco do paciente.
Preparar o material:
Aspirar 1-3 mL de corticoide;
Homogeneizar a medicação através de movimentos suaves;
Trocar a agulha de aspiração por uma agulha 30 x 7 mm.
Marcar o ponto a ser infiltrado:
Centro de um triângulo equilátero formado pelo epicôndilo lateral, olécrano e um ponto imaginário equidistante dos dois anteriores.
Realizar a antissepsia com álcool ou Clorexidina alcoólica.
Introduzir a agulha suavemente no ponto marcado. A sensação é de passagem da agulha entre duas estruturas ósseas, sem tocá-las.
Aspirar para verificar o retorno de sangue e, caso ausente, injetar todo o volume de Hexacetonida de triancinolona, que deve ocorrer sem resistência. Caso haja resistência, reposicionar a agulha sem realizar movimentos de vai e volta. Repetir o processo até que a injeção ocorra sem resistência.
Caso a punção seja difícil, pode-se injetar 1 mL de Lidocaína (de uma outra seringa) previamente à injeção de Triancinolona, visando maior conforto do paciente.
Após aplicação de todo o volume da solução, retirar a agulha rapidamente, evitando o refluxo da medicação.
Após retirada da agulha, realizar compressão local e finalizar com curativo local.
Aplicar gelo local;
Repouso relativo pelas primeiras 48 horas. Evitar atividades intensas por cerca de 7 dias;
Complicações:
Dor, lesão de estruturas locais e infecção local (raro). Em caso de evolução para bursite séptica
(febre, eritema local, saída de secreção purulenta), o paciente deve ser orientado a procurar atendimento de emergência.
Autoria principal:
Gustavo Guimarães Moreira Balbi (Clínica Médica e Reumatologia).
Revisão:
Guilherme Guimarães Moreira Balbi (Clínica Médica e Reumatologia).
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