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Transcutâneo (MPTC):
Composto por duas placas adesivas colocadas uma infraclavicular direita e outra inframamária esquerda (ápice cardíaco). Pode ser colocado infraescapular esquerda e inframamária esquerda.
Transvenoso (MPTV):
Composto por um cabo que é introduzido no ventrículo direito (VD) via punção venosa central.
Epicárdico:
Composto por um cabo conectado ao AD e/ou ao VD externamente, no epicárdio, em cirurgias cardíacas abertas.
O marca-passo provisório é um modo de manutenção da estabilidade hemodinâmica do paciente como ponte para o tratamento definitivo (MP definitivo) ou para a resolução espontânea do quadro clínico.
Indica-se MPTV quando o MPTC for utilizado por tempo prolongado ou na indisponibilidade deste. Entende-se por tempo prolongado apenas algumas horas, uma vez que após cerca de 15 minutos de estimulação cutânea, já é iniciado um processo de lesão muscular com risco de rabdomiólise.
As vias de acesso na veia jugular interna direita ou veia subclávia esquerda são preferíveis pela facilidade do trajeto anatômico.
Em caso de coagulopatias, pode-se optar pela veia femoral.
Fluoroscopia:
A
visão direta por meio da fluoroscopia (sala de hemodinâmica) traz mais segurança e certeza do implante correto do dispositivo. Nem todos os locais dispõem de salas preparadas para essa modalidade de implante. Através da fluoroscopia, acessos mais difíceis, como o femoral, podem ser obtidos com maior êxito.
O MPTC é uma alternativa rápida e eficaz nas situações de urgência em que houver necessidade MP provisório.
Como a estimulação é transtorácica, é extremamente desconfortável ao paciente, variando com a sensibilidade do indivíduo. O tratamento com analgésicos (ex.: Morfina 2-4 mg 4/4 horas) e benzodiazepínicos (ex.: Diazepam 1-5 mg EV, diluído, lentamente) pode e deve ser realizado para conforto do paciente.
Como o estímulo elétrico gera contração da musculatura esquelética, o pulso mais confiável para ser avaliado é a palpação da artéria femoral.
Pode ser usado para observar pacientes estáveis, mantendo o marca-passo em
stand by
ou ligado em FC mais baixa que a do paciente.
Observação!
Nos casos de parada cardiorrespiratória (assistolia), regular amperagem máxima e frequência de 60 bpm.
Autoria principal:
Gabriel Quintino Lopes (Clínica Médica e Cardiologia).
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