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Definição:
Punção venosa central de veia femoral guiada por ultrassonografia (USG).
O acesso venoso central consiste na colocação de um cateter em uma veia do sistema venoso central. Uma grande vantagem é a possibilidade de garantir um acesso venoso seguro, por períodos prolongados.
Esse sítio é uma excelente opção para situações de urgência, com necessidade de obtenção e liberação rápidas de um acesso central.
Há diversas complicações relacionadas com sua realização, especialmente hematomas e traumatismo de artérias, veias e nervos. No acesso de veia femoral, há risco de hematoma retroperitoneal e choque hemorrágico. Nos pacientes com coagulopatia, devemos puncionar o vaso o mais distal possível do ligamento inguinal.
1. Explicação do procedimento e obtenção de consentimento.
2. Avaliação de contraindicações.
3. Escolha do melhor sítio conforme contexto clínico.
4. Posicionamento da cama com altura adequada.
5. Posicionamento do paciente em posição de anti-Trendelenburg + leve rotação externa do membro inferior.
6. Avaliação de sítio escolhido com USG.
7. Colocação de touca, óculos, e máscara cirúrgica.
8. Escovação cirúrgica com Clorexidina degermante.
9. Paramentação completa com avental estéril e luvas estéreis.
10. Limpeza do sítio com gaze embebida com Clorexidina degermante com auxílio de pinça.
11. Limpeza do sítio com gaze embebida com Clorexidina alcoólica com auxílio de pinça.
12. Colocação de campo estéril cobrindo todo o paciente.
13. Colocação de capa estéril no probe de USG.
14. Salinização do cateter e dilatador.
15. Visualização do vaso com USG.
16. Diferenciação entre veia e artéria.
17. Aplicação de anestesia com Lidocaína 2% (sem vasopressor).
18. Punção com agulha guiada por USG.
19. Passagem de fio-guia ( nunca forçar a passagem de fio-guia).
20. Confirmação da posição do fio-guia com USG.
21. Retirada da agulha.
22. Dilatação do subcutâneo com técnica de push-and-pull .
23. Retirada do dilatador e passagem do cateter venoso central.
24. Retirada do fio-guia e teste de fluxo, refluxo, e salinização das vias do cateter.
25. Colocação de conectores valvulados ou tampas nas vias do cateter.
26. Fixação dos pontos.
27. Limpeza do sítio de punção com clorexidina alcoólica.
28. Colocação de gaze no óstio e realização de curativo com filme transparente.
29. Registro do procedimento no prontuário.
Autoria principal: Vinicius Zofoli (Terapia Intensiva).
Revisão: Filipe Amado (Medicina Intensiva e Medicina de Emergência).
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