'
Definição: Trata-se da aposição dos tecidos lesionados em camadas sem tensão ou compressão, com objetivo de facilitar o processo de cicatrização. Pode ser realizado primariamente (no momento da apresentação) ou tardiamente - terceira intenção.
Para mais informações, acesse Cuidados Iniciais com Feridas.
A sutura é o método mais utilizado para o fechamento de feridas cutâneas, tendo como objetivo a aproximação das bordas da lesão, visando restabelecer a anatomia, reduzir o risco de infecções, favorecer a cicatrização primária e obter um melhor resultado estético e funcional. A escolha da técnica, do fio e do instrumental deve considerar a localização, profundidade, tensão e vascularização da ferida, assim como o risco de infecção e características individuais de cada paciente.
Observação! Alguns autores defendem o fechamento primário para sutura até 18 horas após o ferimento para lesões limpas, não infectadas, e em áreas bem vascularizadas, e em até 24 horas para face e couro cabeludo.
Observação!
Alguns autores defendem o fechamento primário para sutura até 18 horas após o ferimento para lesões limpas, não infectadas, e em áreas bem vascularizadas, e em até 24 horas para face e couro cabeludo.
| Fio de sutura X localização da ferida | |
| Estrutura | Tamanho |
|
Couro cabeludo, faces plantar/ palmar
|
3-0 ou 4.0 |
| Grandes lacerações ou áreas de tensão |
3-0 ou 4.0
|
| Extremidades | 4-0 |
| Face, supercílio, pálpebra | 5-0 ou 6-0 |
Figura.
Chuleio simples -
Ilustração:
Rafael Guedes.
Figura.
Sutura Simples -
Ilustração:
Rafael Guedes.
Figura 1.
Ponto Donati -
Ilustração:
Rafael Guedes.
Figura 2.
Ponto Donati - separado -
Ilustração:
Rafael Guedes.
Figura.
Ponto Intradérmico.
Ilustração:
Rafael Guedes.
Figura.
Sutura Intradérmica -
Ilustração:
Rafael Guedes.
Figura.
Ponto Gillies -
Ilustração:
Rafael Guedes.
Atenção! Antibioticoterapia é formalmente indicada em feridas infectadas.
Malhotra K, Bondje S, Sklavounos A, Mortada H, Khajuria A. Absorbable versus Nonabsorbable Sutures for Facial Skin Closure: A Systematic Review and Meta-analysis of Clinical and Aesthetic Outcomes. Arch Plast Surg. 2024 Jun 19;51(4):386-396.
Luo W, Tao Y, Wang Y, Ouyang Z, Huang J, Long X. Comparing running vs interrupted sutures for skin closure: A systematic review and meta-analysis. Int Wound J. 2023 Jan;20(1):210-220.
Tandon S, Ensor ND, Pacilli M, Laird AJ, Bortagaray JI, Stunden RJ, Nataraja RM. Tissue adhesive, adhesive tape, and sutures for skin closure of paediatric surgical wounds: prospective randomized clinical trial. Br J Surg. 2022 Oct 14;109(11):1087-1095.
Lekic N, Dodds SD. Suture Materials, Needles, and Methods of Skin Closure: What Every Hand Surgeon Should Know. J Hand Surg Am. 2022 Feb;47(2):160-171.e1.
Marsidi N, Vermeulen SAM, Horeman T, Genders RE. Measuring Forces in Suture Techniques for Wound Closure. J Surg Res. 2020 Nov;255:135-143.
Rocha PRS, Sanches SRA, Lages A. Cirurgia de Ambulatório. Rio de Janeiro: MedBook; 2013.
Santos CER, Barbosa CA, Rodrigues DB. Fios e suturas. In: Saad-Junior R. Tratado de Cirurgia do CBC. São Paulo: Atheneu; 2009. 198-213.
Trott A. Wounds and Lacerations: Emergency Care and Closure. 3rd ed. Philadelphia: Elsevier; 2005.
Marques, Ruy Garcia. Técnica operatória e cirurgia experimental. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Goffi, Fábio Schmidt. Técnica cirúrgica: bases anatômicas, fisiopatológicas e técnicas da cirurgia. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 2004.
Martins S, Souto MID. Trauma de extremidades. In: Manual de Emergências Médicas. Rio de Janeiro: Revinter; 1999. 378-85.
Raia AA, Zerbini EJ. Fatores locais que interferem sobre cicatrização. In: Clínica Cirúrgica. São Paulo: Sarvier; 1995. 139-44.