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A via aérea é uma das prioridades do manejo do paciente em emergência. É necessário muito cuidado para a correta avaliação e escolha da abordagem a ser adotada em cada caso. Existem diferentes tipos de técnicas e instrumentos para manutenção adequada da via aérea. É fundamental o reconhecimento precoce do paciente com potencial risco de evoluir para insuficiência respiratória aguda ou que já esteja nesse estado.
Alguns instrumentos e técnicas são utilizados para otimizar e facilitar o manejo da via aérea e diminuir o índice de complicações. A seguir estão listados alguns desses fatores facilitadores.
Atenção!
Esse método deve ser evitado em crianças acordadas, pelo risco potencial de quebra dos dentes. Se necessário, inserir a cânula diretamente sobre a língua, sem realizar sua rotação.
Figura 1.
Cânula de Guedel.
Ilustração:
Camila Simas
Recomendada para pacientes que respiram espontaneamente. Parte-se do mesmo princípio da colocação da cânula nasofaríngea (facilitar o fluxo respiratório). Trata-se de uma via aérea definitiva.
Trata-se de uma alternativa para garantir a perviedade da via aérea quando: a ventilação sob máscara não obtiver êxito, não houver a possibilidade de IOT ou não houver sucesso após várias tentativas de intubação.
A máscara laríngea (ML) é formada por um tubo semicurvo que se inicia em um conector e termina em uma pequena máscara inflável.
Não é considerada uma via aérea definitiva. Deve-se tentar substituí-la assim que for possível (máximo de 4 a 8 horas).
Figura 3.
Trata-se do principal tipo de via aérea segura não cirúrgica. É a mais utilizada e com os melhores resultados.
Figura 5.
Posicionamento do tubo orotraqueal
Na impossibilidade da realização de qualquer técnica de IOT, opta-se por essa técnica, apesar da possibilidade de complicações no atendimento emergencial. Esse procedimento não é aconselhável em crianças (risco de lesão irreversível). É um acesso temporário, que pode ser realizado por técnica cirúrgica ou por punção.
Pacientes com menos de 12 anos têm contraindicação relativa (cricocirúrgica).
Figura 6.
Cricotireoidostomia cirúrgica
Trata-se do acesso cirúrgico definitivo das vias aéreas por meio de uma abertura traqueal e posterior posicionamento da cânula. É um procedimento eletivo e comumente realizado em pacientes com tempo prolongado de IOT (usualmente mais que 7 a 14 dias).
Figura 8
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