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Albumina - Sangue

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Definição: Proteína globular circulante de baixo peso molecular mais abundante no organismo. Ela é produzida exclusivamente no fígado (sua taxa de síntese representa 25% da síntese proteica hepática total), cuja concentração representa cerca de 2/3 das proteínas plasmáticas totais.

Sinônimos: Albuminemia; Alb.; sALB; Albumina Sérica Humana; ASH; HSA; Albumina Sérica; Albumina - Sangue.

A albumina é uma proteína formada apenas por aminoácidos, solúvel em água, que coagula com o calor e precipita em meio ácido. Sua estrutura molecular apresenta três domínios (I, II e III), cada qual com dois subdomínios (A e B), proporcionando, assim, elevada quantidade de sítios de ligação.

As concentrações séricas da albumina refletem e variam de acordo com as taxas de síntese, degradação e distribuição. Ela apresenta uma meia-vida de, aproximadamente, 20 dias.

Sua migração, quando submetida a uma eletroforese de proteínas séricas , ocorre em direção ao ânodo, sendo evidenciada por uma alta banda apiculada à esquerda de quem olha no gráfico eletroforético.

Dentre outras funções, ela atua na manutenção da pressão coloidosmótica sanguínea (entre o espaço intravascular e o líquido intersticial), no transporte, no armazenamento e/ou na solubilização de uma série de componentes (ex.: hormônios, ácidos graxos, enzimas, íons, medicamentos), além apresentar atividade modulatória, antioxidante e de ser uma fonte endógena de aminoácidos.

Sua determinação também pode ser utilizada e tem relevância clínica em vários outros fluidos corporais, como, por exemplo, no líquido ascítico, na urina , no liquor e no líquido pleural.

    Indicações:
  • Avaliação do estado nutricional (em conjunto com outros parâmetros, como a pré-albumina );
  • Monitoramento da resposta nutricional instituída;
  • Investigação e avaliação da(s) função(ões) hepática e/ou renal;
  • Utilização em uma série de índices diagnósticos e prognósticos;
  • Acompanhamento da terapia de reposição exógena de albumina;
  • Investigação e avaliação da pressão oncótica sanguínea e das síndromes edemigênicas;
  • Auxílio nas determinações fármaco e toxicocinéticas de medicamentos.

Como solicitar: Albumina.

  • Orientações ao paciente: N ão é necessário nenhum preparo específico;
  • Tubo para soro (tampa vermelha/amarela). Aguardar a devida retração do coágulo, centrifugar a amostra por 15 minutos e manter o material sob refrigeração (2 a 8°C);
  • Material: Sangue;
  • Volume recomendável: 1 mL.
Texto alternativo para a imagem Figura 1. Tubo para soro - tampa vermelha - Ilustração: Caio Lima.
Texto alternativo para a imagem Figura 2. Tubo para soro - tampa amarela - Ilustração: Caio Lima.

3,2 a 4,5 g/dL.

    Observações!
  • Crianças podem apresentar concentrações menores do que as de adultos;
  • Concentrações < 1,5 g/dL são consideradas críticas;
  • Os valores de referência da albumina podem variar de acordo com o Laboratório Clínico e a metodologia utilizada.

Amostras acentuadamente lipêmicas ou ictéricas podem interferir analiticamente nas determinações dos resultados.

A coleta de sangue em pacientes na posição supina pode causar leve decréscimo (< 0,5 g/dL) da albumina.

O uso de Ampicilina pode interferir em algumas metodologias.

A albumina é considerada uma proteína de fase aguda negativa (sua produção é diminuída por citocinas inflamatórias). Por esse motivo, sua solicitação em conjunto com a proteína C-reativa pode ser necessária, a fim de se obter uma melhor interpretação dos resultados.

Pacientes que utilizam grandes quantidades de fluidos endovenosos podem apresentar resultados pouco acurados.

    Aumento:
  • Desidratação;
  • Vômito;
  • Diarreia;
  • Doença de Addison;
  • Reposição exógena;
  • Medicamentos (diuréticos, anticonvulsivantes, Prednisolona, Fenobarbital).
    Diminuição:
  • Hepatopatias;
  • Desnutrição;
  • Gravidez;
  • Má-absorção;
  • Enteropatias perdedoras de proteínas;
  • Neoplasias;
  • Colagenoses;
  • Doenças renais (ex.: síndrome nefrótica , glomerulonefrites);
  • Hidratação excessiva;
  • Úlcera péptica;
  • Tireoidopatias;
  • Insuficiência cardíaca congestiva;
  • Queimaduras;
  • Estados inflamatórios/infecciosos;
  • Ascite;
  • Edema;
  • Medicamentos (contraceptivos orais, Acetaminofeno, Amiodarona, Fenitoína, Prednisona, estrógenos, Progesterona, Ácido valproico).

Autoria principal: Pedro Serrão Morales (Patologia Clínica e Medicina Laboratorial).

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