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Alfa-1 Antitripsina - Fezes

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Definição: Glicoproteína polimórfica sérica de cerca de 54 kDa, importante inibidora de proteases (principalmente aquelas relacionadas à tripsina e à elastase), sendo também considerada um reativo/uma proteína de fase aguda.

Sinônimos: Antitripsina Fecal; Alfa 1-Antitripsina Fecal; α1-Antiprotease - Fezes; A 1 AT - Fezes; A 1 A - Fezes; α1-Antiprotease - Fezes; α1-AT - Fezes; AAT - Fezes.

A alfa 1-antitripsina é uma glicoproteína de síntese majoritariamente hepática, resistente à degradação pelas enzimas digestivas.

Dessa maneira, sua dosagem nas fezes pode ser utilizada como um marcador endógeno para a avaliação do grau da perda de proteínas pelo trato intestinal.

    Indicação:
  • Investigação de enteropatias perdedoras de proteínas.

Como solicitar: A lfa 1-Antitripsina – Fezes.

  • Orientações ao paciente: evitar o uso de contrastes orais, laxantes e supositórios nos 3 dias que antecedem a coleta. Não contaminar a amostra com urina. Defecar em vasilhame limpo e seco, e transferir as fezes para o frasco próprio fornecido pelo laboratório. Manter o material sob refrigeração até a entrega ao laboratório;
  • Frasco de coleta: frasco próprio para fezes com tampa e pá, sem conservantes, fornecido pelo laboratório. O material deverá, preferencialmente, ser mantido congelado (-20 o C) até a sua análise;
  • Material: fezes recentes frescas;
  • Volume recomendável: 5 g.
Texto alternativo para a imagem Figura 1. Pote com pazinha preta para fezes. Ilustração: Caio Lima

≤ 54 mg/dL.

Observação! Os valores de referência da alfa 1-antitripsina nas fezes podem variar de acordo com o Laboratório Clínico e a metodologia utilizada.

O uso de frasco de coleta das fezes com conservante inviabiliza a realização do exame.

A interpretação dos resultados é mais completa e segura quando a dosagem sérica da alfa 1-antitripsina é avaliada em conjunto.

O uso recente de contrastes orais, laxantes, supositórios e outros medicamentos podem interferir no resultado do exame.

O pH ácido do estômago pode degradar a alfa 1-antitripsina. Desse modo, quando há suspeita de perda proteica gástrica, o exame deve ser realizado após o início de terapia antiácida.

Pacientes com deficiência sérica da alfa 1-antitripsina podem apresentar baixas concentrações dessa proteína nas fezes, o que dificulta a interpretação e a análise dos seus resultados.

Aumento: Doença de Whipple; enterite regional; gastroenteropatia alérgica; linfangiectasia intestinal; intolerância ao leite de vaca; carcinoma gástrico; pericardite constritiva; hipogamaglobulinemia congênita.

Diminuição: Deficiência sérica da alfa 1-antitripsina.

Autoria principal: Pedro Serrão Morales (Patologia Clínica e Medicina Laboratorial).

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