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Alumínio - Sangue

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Definição: É um metal anfótero (pode se comportar como ácido ou base, depende do meio), leve e prateado, potencialmente tóxico em determinadas situações.

Sinônimos: Al; Aluminemia.

O Alumínio é transportado no sangue (cerca de 80%) conjugado à Transferrina . Sua eliminação ocorre, preponderantemente, por via renal.

Seus efeitos tóxicos podem incluir: Manifestações no sistema nervoso central (encefalopatia, demência progressiva), musculoesqueléticas (osteodistrofias, miopatia proximal), hematológicas (anemia microcítica-hipocrômica, aplasia de medula).

O alumínio pode ser dosado em outros materiais, como urina, líquor e fluído de diálise, por exemplo.

    Indicações:
  • Acompanhamento de pacientes sob risco de intoxicação (exposição ocupacional, insuficiência renal crônica, diálise, grandes queimados em uso de albumina intravenosa, nutrição parenteral, uso de próteses metálicas);
  • Investigação de osteomalácia e encefalopatia em pacientes com insuficiência renal crônica.

Como solicitar: Alumínio - Sangue.

  • Orientações ao paciente: Jejum não é necessário. O uso de antiácidos a base de alumínio, a critério médico, deverá ser suspenso nas 24 horas precedentes à coleta do sangue. Informar se faz hemodiálise, bem como a profissão e se possui exposição ocupacional;
  • Tubo específico para traços de elementos (tampa azul escura), sem aditivo ou ativador de coágulo. Deverá ser coletado como 1º tubo da ordem de coleta, se houver outros exames. Utilizar luvas sem talco para a coleta. Manter a amostra sob refrigeração (2 a 8 o C);
  • Material: Sangue. Entrar em contato com o laboratório clínico para orientações específicas, em caso de necessidade da coleta de outros materiais;
  • Volume recomendável: 1,0 mL.

Até 10,0 ng/mL.

Pacientes em programa de hemodiálise: ≤ 30,0 ng/mL.

  • Os valores de referência para o alumínio no sangue podem variar de acordo com o laboratório clínico e a metodologia utilizada.

O uso de tubos inapropriados e a contaminação do sangue durante a coleta (com outros metais, vidrarias, plástico, talco etc.) podem prejudicar os resultados.

Devido a possibilidade de interferência analítica, a administração de contrastes contendo iodo ou gadolínio deve ser evitada nas 96 horas que antecedem a coleta do exame.

Aumento: Exposição ocupacional; nutrição parenteral; pH gástrico ácido; próteses metálicas; drogas (ácidos orgânicos, citrato oral, antiácidos a base de alumínio, hidróxido de alumínio, lítio, sucralfato, desferroxamina).

Diminuição: Drogas (bloqueadores H2).

Autoria principal: Pedro Serrão Morales (Patologia Clínica e Medicina Laboratorial).

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