' Anti-HAV IgG - Prescrição
Conteúdo copiado com sucesso!

Anti-HAV IgG

Voltar

Definição: O vírus da hepatite A (HAV) é um vírus de ácido ribonucleico (RNA) não envelopado, da família dos picornavírus.

Sinônimos: Anti-HAV IgG Total; Hepatite A IgG; Hepatite A Imunoglobulina G; Anti-hepatite A IgG; Anti-HAV anticorpos IgG; Anticorpos anti-HAV IgG; HAV IgG, Ab; Vírus da Hepatite A - IgG; Anti-HAV IgG sérico; Anti-HAV IgG - Sangue.

A hepatite A é uma doença aguda autolimitada (embora em 5-10% dos casos possa ocorrer aumento secundário de enzimas hepáticas). É transmitida por via fecal-oral, com período de incubação, caracteristicamente, < 1 mês.

A maioria dos casos de infecção pelo HAV é oligossintomática, especialmente em crianças. No período de incubação, o RNA viral é detectado tanto no soro quanto nas fezes, permanecendo por, aproximadamente, 18 dias após a manifestação clínica da hepatite.

Os anticorpos IgM aparecem no início dos sintomas clínicos no curso de uma infecção aguda pelo HAV, na vigência da viremia, sugerindo, dessa maneira, ser um anticorpo não neutralizante. Usualmente, persistem detectáveis por 3-6 meses (com pico na 6 a semana), e, em cerca de 25% dos casos, por até 12 meses.

Já os anticorpos IgG aparecem de 1-2 semanas após identificação daqueles da classe IgM, permanecendo detectáveis por período indeterminado. Em linhas gerais, os testes para anticorpos totais (IgM + IgG) têm maior sensibilidade para a detecção dos anticorpos IgM que os ensaios para a detecção do IgM de maneira isolada.

Evidência de infecção antiga/passada por HAV (ou imunização passiva) é encontrada na reatividade pelos anticorpos totais (IgM + IgG) e/ou anticorpos IgG isoladamente, os quais podem estar presentes em cerca de metade da população adulta (em alguns países, em uma proporção bem maior).

    Observações!
  • Imunização induz a produção de anticorpos IgG;
  • A recuperação da infecção não resulta em doença hepática crônica;
  • Raramente a hepatite A causa hepatite fulminante;
  • O diagnóstico molecular por meio da identificação do RNA do HAV está disponível tanto no plasma quanto nas fezes.
    Indicações:
  • Diagnóstico diferencial de hepatites ou icterícia;
  • Avaliação de indicação da vacina ou de resposta vacinal (presença de anticorpos IgG, na ausência dos anticorpos IgM, de 2-4 semanas após vacinação);
  • Investigação sorológica/contato prévio/imunidade;
  • Inquéritos epidemiológicos.

Como solicitar: Anti-HAV IgG.

  • Orientações ao paciente: N ão é necessário preparo específico;
  • Tubo para soro ( t ampa vermelha/amarela). Aguardar a devida retração do coágulo, centrifugar a amostra por 15 minutos e manter o material sob refrigeração (2-8 °C);
  • Material: S angue;
  • Volume recomendável: 1 mL.
Texto alternativo para a imagem Figura 1. Tubo para soro - tampa vermelha - Ilustração: Caio Lima.
Texto alternativo para a imagem Figura 2. Tubo para soro - tampa amarela - Ilustração: Caio Lima.

Não reagente.

Observação! Os pontos de corte dos títulos de anticorpos anti-HAV IgG podem variar de acordo com o laboratório clínico e a metodologia utilizada. [cms-watermark]

Resultados falso-positivos, falso-negativos e indeterminados podem ocorrer.

A acurácia dos kits diagnósticos pode variar de acordo com o antígeno-alvo utilizado no teste para a detecção do anti-HAV IgG

Amostras acentuadamente hemolisadas, ictéricas e/ou lipêmicas podem prejudicar sua determinação laboratorial.

Reações cruzadas podem ocorrer com pacientes em hemodiálise, citomegalovírus ou infecção por E. coli .

Mesmo após uma vacinação efetiva, alguns pacientes podem não apresentar, em alguns métodos, níveis de IgG detectáveis.

Transfusões recentes podem, transitoriamente, positivar esse teste, dada a eventual aquisição passiva de IgG.

A presença de anticorpos heterófilos e/ou de anticorpos humanos anticamundongos (HAMA) pode interferir nos resultados.

Reagente: C ontato prévio (quando acompanhado de IgM não reagente); imunidade; vacinação.

Não reagente: Fase aguda; fase de incubação; indivíduo sem contato prévio; não vacinados.

Autoria principal: Pedro Serrão Morales (Patologia Clínica e Medicina Laboratorial).

Hunderkar S, Ganorkar N, Walimbe A, et al. Evaluation of hepatitis A virus recombinant proteins for detecting anti-HAV IgM and IgG antibodies. Microbiol Spectr. 2025 Mar 10:e0152824.

Karabey M, Alacam S, Karabulut N, et al. Hepatitis A virus infection and seroprevalence, Istanbul, Turkey, 2020-2023. Ann Saudi Med. 2024 Nov-Dec; 44(6):386-93.

Ré VE, Ridruejo E, Fantilli AC, et al. Hepatitis A in Latin America: The current scenario. Rev Med Virol. 2024 Jul; 34(4):e2566.

Kanaan S. Laboratório com interpretações clínicas. 1a ed. Rio de Janeiro, RJ: Atheneu; 2019.

Tejada-Strop A, Zafrullah M, Kamili S, et al. Distribution of hepatitis A antibodies in US blood donors. Transfusion. 2018 Dec; 58(12):2761-2765.

McPherson RA, Pincus MR, eds. Henry's Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods. 23rd ed. St. Louis: Elsevier; 2017.

De Paula VS. Laboratory diagnosis of hepatitis A. Future Virology. 2012; 7(5):461-72.

Nainan OV, Xia G, Vaughan G, et al. Diagnosis of hepatitis a virus infection: a molecular approach. Clin Microbiol Rev. 2006; 19(1):63-79.