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Autoanticorpo Anti-insulina

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Definição: São autoanticorpos dirigidos contra a insulina, majoritariamente dos tipos IgG e IgM, porém, eventualmente, da classe IgE.

Sinônimos: Anticorpo anti-insulina; Ac Anti-insulina; Insulina, Autoanticorpos anti; Anticorpos Anti-IAA; IAA; IAAs; AAI; INAB; Anti-Insulina, Ab; Autoanticorpo Anti-Insulina Sérico; Autoanticorpo Anti-Insulina - Sangue.

Os autoanticorpos anti-insulina podem estar presentes em cerca de 50% dos pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 1 (DM1) no momento do diagnóstico (indivíduos ainda não submetidos a terapia insulínica).

Após o início do tratamento com insulina heteróloga (mais antigênicas), como a de boi e porco, praticamente todos os pacientes desenvolverão esse tipo de anticorpo.

Entretanto, a resistência insulínica (RI) clinicamente aparente mediada por esses autoanticorpos é rara, ocorrendo em apenas 0,01% dos indivíduos tratados.

Existem outros tipos de autoanticorpos congêneres, como os anticorpos anticélulas das ilhotas (ICA), contra o ácido glutâmico descarboxilase (anti-GAD), e os associados à insulinoma (IA-2A) e ao transportador de zinco 8 (ZnT8), que também auxiliam no diagnóstico do DM1.

Somente 2-4% dos pacientes com DM1 não apresentam nenhum desses autoanticorpos circulantes, menos de 10% são positivos para apenas um marcador, enquanto aproximadamente 70% apresentam reatividade para três ou mais autoanticorpos.

    Indicações:
  • Avaliação da presença de autoanticorpos contra insulina antes do início da terapia insulínica;
  • Investigação e diagnóstico de DM1;
  • Diagnóstico diferencial entre DM1 e DM2;
  • Utilização como marcador preditivo do desenvolvimento de DM1;
  • Investigação de hipoglicemia em pacientes não diabéticos;
  • Determinação da presença de autoanticorpos contra insulina heteróloga.

Como solicitar: Autoanticorpo anti-insulina.

  • Orientações ao paciente: Não é necessário preparo específico. O uso recente de radioisótopos deve ser evitado, se o método utilizado for por radioimunoensaio;
  • Tubo para soro (tampa vermelha/amarela). Aguardar a devida retração do coágulo, centrifugar o tubo por 15 minutos e refrigerar (2-8 o C) a amostra em seguida;
  • Material: Sangue;
  • Volume recomendável: 1,5 mL.
Texto alternativo para a imagem Figura 1. Tubo para soro - tampa vermelha - Ilustração: Caio Lima.
Texto alternativo para a imagem Figura 2. Tubo para soro - tampa amarela - Ilustração: Caio Lima.
  • Negativo: < 8,2%;
  • Positivo: ≥ 8,2%;
    • Observação! Os valores de referência para os autoanticorpos anti-insulina podem variar de acordo com laboratório clínico e metodologia utilizada.

Os anticorpos anti-insulina apresentam significância clínica limitada.

Amostras acentuadamente hemolisadas, ictéricas ou lipêmicas podem prejudicar a sua determinação.

Indivíduos saudáveis podem apresentar positividade para esse autoanticorpo.

Uma vez com o DM1 plenamente manifestado, alguns pacientes podem ter os níveis de autoanticorpos anti-insulina reduzidos ou, até mesmo, indetectáveis.

O uso recente de radioisótopos pode interferir no resultado, se o método utilizado for por radioimunoensaio.

Anticorpos anti-insulina podem interferir nos ensaios para a dosagem laboratorial de insulina. Entretanto, de maneira geral, esses não interferem nas dosagens do peptídeo C.

Alguns métodos não distinguem os autoanticorpos de ocorrência espontânea daqueles induzidos pelo uso da insulina exógena, devendo, assim, ser dosados antes do início da terapia insulínica.

Positivo: DM1; predisposição ao DM1; hipoglicemia autoimune; doenças autoimunes; indivíduos saudáveis; insulinoma; síndrome da hiperinsulinemia autoimune; drogas (insulina exógena).

Negativo: Indivíduos saudáveis.

Autoria principal: Pedro Serrão Morales (Patologia Clínica e Medicina Laboratorial).

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