' Cloreto - Urina de 24 Horas - Prescrição
Conteúdo copiado com sucesso!

Cloreto - Urina de 24 Horas

Voltar
    Definição: É um eletrólito carregado negativamente, que representa em torno de 66% dos ânions do plasma (ânion de maior concentração do meio extracelular).
    Ânion gap urinário: [(Na + urinário + K + urinário) - (Cl - urinário)]

Sinônimos: Cl - Urina de 24 horas; Cl - - Urina de 24 horas; Cloro - Urina de 24 horas; Cloretos - Urina de 24 horas.

Em decorrência de sua alta concentração no meio extracelular, é um dos principais responsáveis pela manutenção da homeostase osmótica (ao lado do sódio ), além de possuir um papel importante para a eletroneutralidade.

Em condições fisiológicas, o cloreto ingerido (predominantemente sob a forma de cloreto de sódio) é excretado, primariamente, na urina.

Para uma melhor interpretação dos resultados, o cloreto urinário é geralmente solicitado em conjunto com o sódio e potássio urinários, além de outros eletrólitos no sangue.

    Indicações:
  • Avaliação de distúrbios hidroeletrolíticos e do equilíbrio acidobásico:
    • Distinção das alcaloses metabólicas responsivas a sal ou não;
    • Na avaliação inicial de acidose metabólica hiperclorêmica;
    • Diagnóstico diferencial de hipocalemia;
    • Cálculo do ânion gap urinário;
  • Avaliação de tumores produtores de ACTH ou de aldosterona;
  • Na avaliação da síndrome de Bartter.
    Como solicitar:
  • Cloreto - Urina de 24 horas.
  • Orientações ao paciente:
    • Manter a rotina, dieta e hidratação diária habitual;
    • No início do período da colheita, esvaziar a bexiga, desprezando essa micção, e anotar o horário;
    • Após esse procedimento, coletar todo o volume urinário produzido em um frasco coletor (sem conservante) fornecido pelo laboratório, e acondicionar sob refrigeração (2 a 8 o C) durante toda a coleta;
    • No fim do período, exatamente na hora em que ele foi iniciado no dia anterior, coletar essa última micção no frasco;
    • Em seguida, levar ao Laboratório, que deverá medir e informar no resultado do exame, o volume urinário total coletado;
  • Frasco coletor: Deve ser apropriado para a urina de 24 horas, sem conservante;
  • Material: Urina de 24 horas;
  • Volume recomendável: Não há um volume recomendável preestabelecido para a urina de 24 horas, devendo apenas ser devidamente coletada e armazenada. Aliquotar 5 mL do volume total.
  • 110 a 250 mmol/24 horas;
    • Valores menores podem ser encontrados em crianças e idosos;
    • Os resultados dependem da ingesta de cloretos;
    • Os valores de referência para o cloreto na urina de 24 horas podem variar de acordo com o Laboratório Clínico e a metodologia utilizada.

Altas concentrações de íons haletos (ex.: brometo, fluoreto, iodeto) na urina, pode levar a resultados falsamente elevados de cloreto urinário.

Resultados isolados de cloreto na urina, sem outros exames de eletrólitos no soro e na urina, podem levar a erros de interpretação.

    Aumento:
  • Produção endógena ou exógena de corticoesteroides;
  • Alcalose metabólica não responsiva ao cloreto;
  • Síndrome de Cushing;
  • Síndrome de Conn;
  • Tumores produtores de ACTH e aldosterona;
  • Alta ingesta de cloreto;
  • Hipercloremia.
    Diminuição:
  • Hipocloremia;
  • Baixa ingesta de cloreto;
  • Tumor viloso de cólon;
  • Síndrome de Bartter com alcalose metabólica;
  • Alcalose metabólica responsiva ao cloreto.

Autor(a) principal: Pedro Serrão Morales (Patologia Clínica e Medicina Laboratorial).

Jacobs DS, DeMott WR, Oxley DK, eds. Jacobs & DeMott Laboratory Test Handbook With Key Word Index. 5th ed. Hudson, OH: Lexi-Comp Inc; 2001.

Kamel KS, et al. Urine electrolytes and osmolality: when and how to use them. Am J Nephrol. 1990;10(2):89-102.

Kanaan S. Laboratório com interpretações clínicas. 1a ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2019.

McPherson RA, Pincus MR. Henry's clinical diagnosis and management by laboratory methods. 23rd ed. St. Louis: Elsevier, 2017.

Rifai N, Horvath AR, Wittwer CT, eds. Tietz Textbook of Clinical Chemistry and Molecular Diagnostics. 6th ed. Elsevier, 2018.