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Definição: Os D-dímeros são um produto de degradação da fibrina (PDF) específico, formado apenas pela degradação da fibrina induzida pela plasmina, e não pela degradação do fibrinogênio intacto pela fibrina.
Sinônimos: Dímero-D; D-dímero; D-dímero plasmático; D-dímeros - Plasma.
Sua elevação indica que houve a formação de um coágulo de fibrina, e que ele está sendo degradado (fibrinólise pela plasmina), refletindo a ativação do sistema de coagulação. Dessa forma, os D-dímeros são considerados um marcador de fibrinólise de coágulo.
Níveis elevados de D-dímeros têm alta sensibilidade para a identificação de condições trombóticas, porém possuem baixa especificidade para tal finalidade. Devido ao seu alto valor preditivo negativo (VPN), sua maior utilidade está na exclusão diagnóstica.
Devido a uma mínima e constante formação/degradação fisiológica da fibrina in vivo , indivíduos saudáveis apresentam níveis baixos de D-dímeros circulantes.
O ensaio do PDF detecta os produtos de degradação da fibrina, incluindo tanto os D-dímeros quanto os produtos da degradação do fibrinogênio.
Como solicitar:
D-dímeros.
Figura 1.
Tubo para plasma citratado - tampa azul-claro.
D-dímeros: < 500 nanogramas/mL (500 ngFEU/mL = nanogramas/unidade equivalente de fibrinogênio ou 0,5 micrograma/mL).
D-dímero ajustado por idade: uma boa estratégia?
Altas concentrações de fator reumatoide (FR) podem causar falsas elevações.
Hemólise, lipemia e altas concentrações de bilirrubinas podem gerar resultados falsamente aumentados.
É um marcador com alta sensibilidade, porém baixa especificidade para a identificação de condições trombóticas (tromboembolismo pulmonar, trombose venosa profunda), notadamente em pacientes de baixo risco.
Seus níveis devem ser correlacionados com dados clínicos, probabilidade pré-teste e resultados de outros exames complementares.
Os ensaios de nova geração (quantitativos ou semiquantitativos) dos d-dímeros são preferíveis em relação aos de geração mais antiga ou qualitativos, devido a sua maior sensibilidade.
Autoria principal: Pedro Serrão Morales (Patologia Clínica e Medicina Laboratorial).
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