' Fator VII da Coagulação - Prescrição
Conteúdo copiado com sucesso!

Fator VII da Coagulação

Voltar

Definição: É um fator da coagulação vitamina K dependente (assim como os fatores II, IX e X), pertencente à via extrínseca da coagulação.

Sinônimos: Fator VII; Fator 7; Fator 7 da Coagulação; Autoprotrombina I.

Ele apresenta síntese hepática, e possui a menor meia-vida plasmática dentre todos os fatores, em torno de 4 a 7 horas.

O fator tecidual (FT ou Fator III) liga-se ao fator VII ou ao fator VII ativado (VIIa), gerando o complexo FT/VIIa. Esse complexo ativa os fatores X e IX , dando prosseguimento à cascata de coagulação.

Ele é suprimido pelo inibidor da via do fator tecidual (TFPI) complexado ao fator Xa, além da antitrombina (nesse caso, apenas na presença de heparina).

    Indicações:
  • Investigação de pacientes com TAP/INR alargado isoladamente, sem outra causa definida;
  • Na suspeita de deficiência hereditária ou adquirida do fator VII.

Como solicitar: Fator VII da Coagulação.

  • Orientações ao paciente: não é necessário nenhum preparo específico;
  • Tubo para plasma (tampa azul-clara — citrato de sódio a 3,2%).
    • Coletar logo após o tubo sem aditivo ou hemocultura (se houver), e antes dos outros na ordem de coleta;
    • Proceder uma inversão do tubo por 4 vezes, delicadamente;
    • Respeitar a proporção sangue/anticoagulante (9:1);
    • Após a centrifugação da amostra, aliquotar o plasma em um tubo de ensaio de plástico;
    • Esse plasma então deverá ser novamente centrifugado e, após esse segundo procedimento, aliquotado em outro tubo de plástico para transporte. Armazenar essa alíquota (plasma pobre em plaquetas — PPP) congelada (- 20 °C);
      • Observação! Entrar em contato com o Laboratório Clínico para informações específicas sobre centrifugação, armazenamento e envio da amostra, já que elas podem apresentar algumas variações entre as instituições.
  • Material: sangue;
  • Volume recomendável: 2,0 mL.

65 a 140%.

  • Os valores de referência para o fator VII da coagulação podem variar de acordo com o Laboratório Clínico e a metodologia utilizada.
  • Recém-nascidos e lactentes podem apresentar, durante os primeiros meses de vida, níveis menores em comparação aos de adultos.

Amostras coaguladas, hemolisadas, ictéricas ou lipêmicas podem prejudicar a sua determinação.

O fator VII possui baixa estabilidade, sendo muito sensível a inadequações de coleta, temperatura, transporte e armazenamento (fase pré-analítica).

Contaminação com heparina.

A presença de plaquetas no plasma pode impactar nos resultados.

Seus resultados devem ser correlacionados com o quadro clínico e outros exames complementares. Se necessário, o exame deverá ser repetido para confirmação.

    Aumento:
  • Gravidez;
  • Drogas (contraceptivos orais).
    Diminuição:
  • Deficiência hereditária;
  • Hepatopatias;
  • Deficiência de vitamina K;
  • Drogas (antagonistas da vitamina K).

Autoria principal: Pedro Serrão Morales (Patologia Clínica e Medicina Laboratorial).

Bernardi F, Mariani G. Biochemical, molecular and clinical aspects of coagulation factor VII and its role in hemostasis and thrombosis. Haematologica. 2021; 106(2):351-62.

Franchini M, et al. Rare congenital bleeding disorders. Ann Transl Med. 2018; 6(17):331.

Jacobs DS, Demott WR, Oxley DK. Jacobs & demott laboratory test handbook with key word index. 5th ed. Hudson, OH: Lexi-Comp, Inc, 2001.

Kanaan S. Laboratório com interpretações clínicas. 1a ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2019.

Mariani G, Bernardi F. Factor VII deficiency. Semin Thromb Hemost. 2009; 35(4):400-406.

McPherson RA, Pincus MR. Henry's Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods. 23rd ed. St. Louis, MO: Elsevier, 2017.

Pagana KD, Pagana TJ, Pagana TN. Mosby’s Diagnostic & Laboratory Test Reference. 14th ed. St. Louis, Mo: Elsevier, 2019.

Williamson MA, Snyder LM, Wallach JB. Wallach's interpretation of diagnostic tests. 9th ed. Wolters Kluwer/Lippincott Williams & Wilkins Health: Philadelphia, 2011.