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Fator XIII da Coagulação

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Definição: É um fator da coagulação não dependente da vitamina K, que se liga cruzadamente às cadeias de fibrina, estabilizando-as.

Sinônimos: Fator XIII; Fator 13; Fator 13 da Coagulação; Fator Estabilizante da Fibrina.

Apresenta síntese hepática, como também nos monócitos/macrófagos e nos megacariócitos, possuindo uma meia-vida plasmática de 9 a 12 dias.

O fator XIII é ativado pelo fator IIa (trombina) na presença de cálcio. Importante observar que sua deficiência não altera o TAP/INR nem o PTTa/TTPa.

Existem diferentes tipos de ensaios para sua avaliação (qualitativos, quantitativos e genéticos).

    Indicações:
  • Na suspeita de deficiência hereditária ou adquirida do fator XIII;
  • Em pacientes com história de sangramento, porém com exames de triagem coagulométricos dentro dos limites da normalidade.

Como solicitar: Fator XIII da Coagulação (descrever se qualitativo e/ou quantitativo).

  • Orientações ao paciente: não é necessário nenhum preparo específico. Informar medicações em uso;
  • Tubo para plasma (tampa azul clara — citrato de sódio a 3,2%);
    • Coletar logo após o tubo sem aditivo ou hemocultura (se houver), e antes dos outros na ordem de coleta;
    • Proceder uma inversão do tubo por 4 vezes, delicadamente;
    • Respeitar a proporção sangue/anticoagulante (9:1);
    • Após a centrifugação da amostra, aliquotar o plasma em um tubo de ensaio de plástico;
    • Esse plasma então deverá ser novamente centrifugado e, após esse segundo procedimento, aliquotado em outro tubo de plástico para transporte. Armazenar essa alíquota (plasma pobre em plaquetas — PPP) congelada (- 20 °C);
      • Observação! Entrar em contato com o Laboratório Clínico para informações específicas sobre centrifugação, armazenamento e envio da amostra, já que elas podem apresentar algumas variações entre as instituições.
  • Material: sangue;
  • Volume recomendável: 2,0 mL.

Qualitativo: Normal.

Quantitativo: 70 a 140%.

  • Os valores de referência para o fator XIII da coagulação podem variar de acordo com o Laboratório Clínico e a metodologia utilizada.

Amostras coaguladas, hemolisadas, ictéricas ou lipêmicas podem prejudicar a sua determinação.

O fator XIII possui baixa estabilidade, sendo muito sensível a inadequações de coleta, temperatura, transporte e armazenamento (fase pré-analítica).

Seus resultados devem ser correlacionados com o quadro clínico e outros exames complementares. Se necessário, o exame deverá ser repetido para confirmação.

Aumento: Não se aplica.

    Diminuição:
  • Deficiência hereditária;
  • Autoanticorpos antifator XIII;
  • Doenças autoimunes;
  • Hepatopatias;
  • Coagulação intravascular disseminada;
  • Sepse;
  • Leucemia;
  • Drogas (ex.: Isoniazida, ácido valproico, Tocilizumabe).

Autoria principal: Pedro Serrão Morales (Patologia Clínica e Medicina Laboratorial).

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