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Glucagon

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Definição: É um hormônio polipeptídico secretado pelas células α 2 pancreáticas e pelas células L do intestino delgado distal, em resposta à hipoglicemia, estimulando a produção e liberação de glicose na circulação.

Sinônimos: Glucagonemia; Glucagon plasmático; Glucagon - Plasma; Glucagon - Sangue.

Para exercer sua função biológica, o glucagon se liga a receptores específicos em seu principal órgão-alvo, o fígado. Já sua secreção é regulada, majoritariamente, pelos níveis plasmáticos de glicose, em que baixas concentrações glicêmicas estimulam sua liberação.

O glucagon exerce um efeito de contrabalanceamento à insulina no metabolismo da glicose, estimulando a cetogênese, a glicogenólise hepática e a gliconeogênese, sendo, pois, um hormônio hiperglicemiante.

    Indicações:
  • Diagnóstico e acompanhamento do glucagonoma e de outros tumores produtores de glucagon;
  • Investigação de pacientes diabéticos com alta variabilidade dos índices glicêmicos.

Como solicitar: Glucagon.

  • Orientações ao paciente:
    • Jejum de 12 horas;
    • Se a metodologia utilizada for por radioimunoensaio (RIA), a administração de radioisótopos ou outras exposições a radiação devem ser evitadas;
  • Tubo para plasma EDTA (tampa roxa). A amostra deve ser centrifugada sob refrigeração (4 o C), e, após esse procedimento, o plasma deverá ser aliquotado em um tubo de transporte e congelado (-20 o C) imediatamente;
  • Material: Sangue;
  • Volume recomendável: 1,0 mL.
Texto alternativo para a imagem Tubo para plasma - tampa roxa. Ilustração: Caio Lima
  • Crianças (> 14 dias) e adultos: ≤ 60 pg/mL (ng/L);
    Observação! [cms-watermark]
  • Recém-nascidos, nas primeiras 2 semanas de vida, apresentam fisiologicamente concentrações mais elevadas, declinando gradualmente para os níveis de adultos até por volta do 14 o dia de vida; [cms-watermark]
  • Os valores de referência para o glucagon variam conforme laboratório clínico, idade e método utilizado. [cms-watermark]

Se a metodologia utilizada for por radioimunoensaio (RIA), o uso recente de radioisótopos deve ser evitado.

Amostras acentuadamente hemolisadas podem prejudicar a execução do exame.

Há uma variação substancial dos resultados entre os diferentes kits e metodologias existentes. Dessa forma, para fins válidos de comparação, as dosagens seriadas devem ser feitas sempre no mesmo laboratório clínico/ kit diagnóstico/plataforma analítica.

A presença de anticorpos heterófilos e/ou autoanticorpos na amostra pode interferir nos resultados.

Sua determinação tem pouca utilidade na avaliação de quadros de cetoacidose diabética.

Um resultado normal não exclui, de maneira definitiva, o diagnóstico de glucagonoma.

Dado o aumento dos níveis do fragmento N-terminal do pró-glucagon observado nos pacientes com insuficiência renal, as concentrações do glucagon plasmático, nesses indivíduos, podem ser falsamente elevadas.

    Aumento :
  • Glucagonoma;
  • Insulinoma;
  • Síndrome de Zollinger-Ellison;
  • Síndrome carcinoide;
  • NEM 1;
  • Cetoacidose diabética;
  • Diabetes;
  • Obesidade;
  • Cirrose hepática;
  • Pancreatite aguda;
  • Síndrome de Cushing;
  • Acromegalia;
  • Hiperglucagonemia familiar;
  • Insuficiência renal;
  • Queimaduras;
  • Trauma;
  • Cirurgias;
  • Hiperosmolalidade;
  • Pós- bypass gástrico;
  • Doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA);
  • Hipoglicemia.
    Diminuição:
  • Fibrose cística;
  • Pancreatite crônica;
  • Fase tardia do diabetes tipo 1;
  • Pós-pancreatectomia.

Autoria principal: Pedro Serrão Morales (Patologia Clínica e Medicina Laboratorial).

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