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Definição: É um hormônio glicoproteico dimérico, pertencente à família do fator de crescimento transformador beta (TGF-β).
Sinônimos: AMH; Antimülleriano; Anti-mülleriano; Substância Inibidora Mülleriana (MIS); Hormônio Inibidor Mülleriano (MIH); Fator Inibidor Mülleriano (MIF); Hormônio Antimülleriano Sérico; Hormônio Antimülleriano - Sangue.
O hormônio antimülleriano (AMH) é secretado, nos homens, pelas células de Sertoli dos testículos, e, nas mulheres, pelas células da granulosa ovariana.
Está envolvido em diversas atividades ligadas à diferenciação e ao crescimento celular, como nos diferentes estágios da folicogênese e seus efeitos neuroendócrinos subjacentes.
Nas mulheres, o hormônio antimülleriano é considerado um marcador de reserva ovariana, predizendo o sucesso/resposta do estímulo hormonal ovariano na terapia de reprodução assistida.
Apresenta pico de concentração sérica após a puberdade, e, com o passar dos anos, ocorre declínio gradual de seus níveis, eventualmente se tornando indetectável na menopausa.
Suas concentrações apresentam relativa estabilidade durante o todas as fases do ciclo menstrual, apresentando assim vantagens em relação a outros biomarcadores de reserva ovariana, cujos níveis flutuam ao longo do ciclo.
Como solicitar: Hormônio Antimülleriano (AMH).
Figura 1.
Tubo para soro - tampa vermelha.
Ilustração:
Caio Lima
Figura 2.
Tubo para soro - tampa amarela.
Ilustração:
Caio Lima
Observação!
Os valores de referência para o hormônio antimülleriano podem variar de acordo com o sexo, idade, o laboratório clínico e a metodologia utilizada.
Os ensaios para a detecção do hormônio antimülleriano não são padronizados/harmonizados. Dessa maneira, resultados obtidos em diferentes plataformas analíticas e
kits
diagnósticos podem não ser comparados entre si.
Amostras acentuadamente hemolisadas ou ictéricas podem prejudicar sua determinação laboratorial.
Seus resultados não devem ser utilizados como uma evidência definitiva da presença ou ausência de malignidade, quando utilizado como marcador tumoral.
A biotina (vitamina B7) pode interferir em algumas metodologias. Sugere-se, a critério médico, que seu uso seja suspenso nas 72 horas que antecedem a coleta.
Seus resultados devem ser correlacionados com história clínica, exame físico e dados de outros exames complementares.
A presença de anticorpos heterófilos na amostra pode interferir nos resultados.
Autoria principal:
Pedro Serrão Morales (Patologia Clínica e Medicina Laboratorial).
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