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Ressonância Magnética de Joelho

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Definição: H ormônio glicoproteico gonadotrópico, produzido pela parte anterior da hipófise (adeno-hipófise). O hormônio luteinizante (LH) é um heterodímero, composto estruturalmente de uma subunidade alfa (que é similar àquela que compõe o hormônio estimulador da tireoide [TSH] , a gonadotrofina coriônica humana [hCG] e o hormônio foliculoestimulante [FSH] ), e uma subunidade beta (que é específica do LH e confere sua função biológica).

Sinônimos: Hormônio luteinizante; Hormônio luteotrófico; Luteotrofina; hLH; LH sérico; LH - Sangue.

Observação! Nos homens, ele também pode ser denominado "hormônio estimulante das células intersticiais" (ICSH).

Sua produção é regulada pelo hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) e pelos hormônios sexuais: estrogênio e progesterona , nas mulheres; e testosterona nos homens.

Nas mulheres, o LH, em conjunto com o FSH, promove o desenvolvimento (crescimento e maturação) dos folículos ovarianos, além de induzir a secreção de estrôgenio (pelas células tecais e granulosa) e da ovulação nos folículos maduros. Ao lado do FSH, ele também estimula a secreção de estradiol pelos folículos maduros.

Já nos homens, esse hormônio, também conhecido como ICSH, estimula, nos testículos, as células intersticiais de Leydig a produzirem testosterona.

Nos ciclos ovulatórios normais, sua concentração no período pré-ovulatório é, geralmente, maior (fase folicular), ocorrendo um pico de concentração no período próximo à ovulação, que diminui durante a pós-ovulação (fase lútea).

O LH é secretado de maneira pulsátil, apresentando uma meia-vida, geralmente, menor que a do FSH.

Texto alternativo para a imagem Figura 1 . Teores plasmáticos hormonais durante o ciclo menstrual bifásico normal. Gráfico adaptado de: Kanaan S, 2019
    Indicações: Geralmente solicitado em conjunto com o FSH para:
  • Avaliação de infertilidade em homens e mulheres;
  • Distinção da falência gonadal primária e secundária;
  • Investigação de ginecomastia e alterações menstruais, incluindo oligomenorreia e amenorreia;
  • Análise de puberdade precoce em crianças;
  • Acompanhamento de mulheres em reprodução assistida;
  • Diagnóstico de síndrome do ovário policístico;
  • Investigação de pseudo-hermafroditismo;
  • Auxílio diagnóstico de distúrbios hipofisários.

Como solicitar: LH.

  • Orientações ao paciente:
    • Se o método utilizado for o radioimunoensaio, a administração recente de radioisótopos deve ser evitada;
    • Em algumas metodologias, a biotina (vitamina B7) pode interferir no resultado. Sugere-se, a critério médico, a suspensão dessa vitamina nas 72 horas que antecedem a coleta;
    • Informar a data da última menstruação (DUM).
  • Tubo para soro (tampa vermelha/amarela). Aguardar a devida retração do coágulo, centrifugar a amostra por 15 minutos e armazenar o material sob refrigeração (2 a 8°C);
  • Material: sangue;
  • Volume recomendável: 1 mL.
Texto alternativo para a imagem Figura 2 . Tubo para soro - tampa vermelha. Ilustração : Caio Lima
Texto alternativo para a imagem Figura 3 . Tubo para soro - tampa amarela. Ilustração : Caio Lima

Crianças pré-púberes: < 1 unidade/L;

Homens adultos: 1 a 9 unidades/L;

    Mulheres adultas:
  • Fase folicular: 1 a 18 unidades/L;
  • Meio do ciclo: 20 a 80 unidades/L;
  • Fase luteínica: 0,5 a 18 unidades/L;
  • Pós-menopausa: 12 a 55 unidades/L.

Observação! Os valores de referência do LH podem variar de acordo com sexo, idade, fase do ciclo menstrual, ritmo circadiano, Laboratório Clínico e metodologia utilizada.

    Aumento:
  • Hipogonadismo primário;
  • Anorquia;
  • Azoospermia e oligospermia;
  • Falência gonadal;
  • Síndrome do ovário policístico;
  • Síndrome da feminização testicular completa;
  • Síndrome de Klinefelter;
  • Síndrome de Turner;
  • Síndrome de Swyer;
  • Alcoolismo;
  • Castração;
  • Pós-menopausa;
  • Menopausa precoce;
  • Puberdade precoce idiopática ou por lesão do sistema nervoso central.
    Diminuição:
  • Falência hipofisária;
  • Falência hipotalâmica;
  • Hipopituitarismo;
  • Síndrome de Kallmann;
  • Deficiência isolada de gonadotrofina;
  • Puberdade tardia simples;
  • Tumores da adrenal ou hiperplasia adrenal congênita;
  • Cirurgias ou radiação hipofisária e/ou hipotalâmica;
  • Deficiência do hormônio do crescimento (GH);
  • Hipotireoidismo primário;
  • Exercícios físicos intensos;
  • Anorexia nervosa;
  • Bulimia;
  • Hiperprolactinemia;
  • Doenças infiltrativas (ex.: Sarcoidose, Hemocromatose).

Autoria principal: Pedro Serrão Morales (Patologia Clínica e Medicina Laboratorial).

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