' Serotonina - Sangue - Prescrição
Conteúdo copiado com sucesso!

Serotonina - Sangue

Voltar

Definição: Amina biogênica que pertence ao grupo dos indóis. Ela é sintetizada a partir do aminoácido triptofano pelos processos de hidroxilação e descarboxilação, mediante conversão do intermediário 5-hidroxitriptofano (5-HTP) pela enzima triptofano-hidroxilase.

Sinônimos: 5-hidroxitriptamina; 5-HT; Serotonina Sérica; Serotonina - Sangue.

Em humanos, a serotonina está envolvida em importantes funções do organismo, como regulação de alguns hormônios, inibição da dor, motilidade/secreções gastrintestinais, agregação plaquetária e controle de padrões comportamentais (ex.: atenção, humor).

Seus principais sítios de produção são as células argentafins intestinais, os neurônios do sistema nervoso central e as células brônquicas. A maior parte da serotonina no sangue está concentrada nas plaquetas, a qual é liberada quando ocorre a agregação destas.

Após sua primeira passagem pelo fígado, a maioria da serotonina é metabolizada em ácido 5-hidroxi-indolacético (5-HIAA) (o produto final da serotonina) que, por sua vez, é excretado pela via renal .

A sensibilidade e a especificidade do 5-HIAA na urina de 24 horas são superiores às da dosagem de serotonina sérica para a detecção de tumores carcinoides.

Outros exames laboratoriais estão disponíveis e também podem ser utilizados para auxiliar o diagnóstico diferencial de tumores e síndromes carcinoides, como a cromogranina A e a determinação da serotonina na urina de 24 horas.

    Indicações:
  • Investigação, auxílio diagnóstico e monitoramento do tratamento de tumores e síndromes carcinoides.

Como solicitar: Serotonina - Sangue.

  • Orientações ao paciente:
    • Jejum de 8 horas;
    • Alguns alimentos (banana, abacate, chocolate, tomate, abacaxi, ameixas, berinjela, nozes) podem interferir nos resultados e devem ser suspensos, a critério médico, nas 48 horas que antecedem a coleta;
    • Medicamentos (Acetaminofeno, salicilatos, Naproxeno, Imipramina, Isoniazida, inibidores da monoamina oxidase [IMAO], Metildopa, Reserpina, fenotiazínicos) podem interferir nos resultados e devem ser suspensos, a critério médico, nos 7 dias que antecedem a coleta;
    • O uso recente de radioisótopos deve ser evitado, se a metodologia utilizada for por radioimunoensaio;
  • Tubo para soro (tampa vermelha/amarela). Aguardar a devida retração do coágulo, centrifugar a amostra por 15 minutos, aliquotar o soro em um tubo de transporte e congelar a amostra (-20°C) [cms-watermark] ;
  • Material: Sangue;
  • Volume recomendável: 2 mL.

Observação! As orientações de coleta podem apresentar algumas variações de acordo com cada Laboratório Clínico. [cms-watermark]

Texto alternativo para a imagem Figura 1. Tubo para soro - tampa vermelha - Ilustração: Caio Lima.
Texto alternativo para a imagem Figura 2. Tubo para soro - tampa amarela - Ilustração: Caio Lima.

Até 230 ng/mL.

    Observações!
  • Os valores de referência para serotonina podem variar de acordo com o Laboratório Clínico e a metodologia utilizada;
  • As concentrações séricas são cerca de 1,3 vez maior em mulheres em relação àquelas encontradas nos homens.

A ingestão de alimentos ricos em triptofano ou serotonina (banana, abacate, chocolate, tomate, abacaxi, ameixas, berinjela, nozes) pode provocar resultados falsamente elevados.

Tabagismo e alguns medicamentos (IMAO, Metildopa, Morfina, Lítio, Reserpina) podem acarretar resultados falso-positivos.

Os inibidores da recaptação da serotonina (ISRS) podem causar resultados falso-negativos.

O 5-HIAA na urina de 24 horas é mais sensível e específico para o diagnóstico de tumores carcinoides quando comparada à serotonina sérica.

    Aumento:
  • Tumores neuroectodérmicos (ex.: tumor carcinoide);
  • Falha no tratamento;
  • Tabagismo;
  • Infarto agudo do miocárdio;
  • Síndrome de Dumping;
  • Obstrução intestinal aguda;
  • Fibrose cística;
  • Alimentos (banana, abacate, chocolate, tomate, abacaxi, ameixas, berinjela, nozes);
  • Medicamentos (IMAO, Metildopa, Morfina, Lítio, Reserpina).
    Diminuição:
  • Resposta adequada ao tratamento;
  • Doença de Parkinson;
  • Síndrome de Down;
  • Fenilcetonúria não tratada;
  • Medicamentos (ISRS).

Autoria principal: Pedro Serrão Morales (Patologia Clínica e Medicina Laboratorial).

Bychenkov DV, Ioutsi VA, Kirilina IV, et al. Analysis of serum serotonin by high-performance liquid chromatography-tandem mass spectrometry using online solid-phase extraction. Bull Exp Biol Med. 2025.

Sultana Q, Kar J, Verma A, et al. A comprehensive review on neuroendocrine neoplasms: presentation, pathophysiology and management. J Clin Med. 2023; 12(15):5138.

Kanaan S, Garcia MAT, Xavier AR, eds. Bioquímica clínica. 3. ed. Rio de Janeiro, RJ: Atheneu; 2022.

Fanciulli G, Ruggeri RM, Grossrubatscher E, et al.; NIKE. Serotonin pathway in carcinoid syndrome: clinical, diagnostic, prognostic and therapeutic implications. Rev Endocr Metab Disord. 2020; 21(4):599-612.

Gade AK, Olariu E, Douthit NT. Carcinoid syndrome: a review. Cureus. 2020; 12(3):e7186. [cms-watermark]

Shen Y, Luo X, Li H, et al. Simple and reliable serotonin assay in human serum by LC-MS/MS method coupled with one step protein precipitation for clinical testing in patients with carcinoid tumors. J Chromatogr B Analyt Technol Biomed Life Sci. 2020; 1158:122395.

McPherson RA, Pincus MR, eds. Henry's clinical diagnosis and management by laboratory methods. 23rd ed. St. Louis, MO: Elsevier; 2017.

Liu EH, Solorzano CC, Katznelson L, et al. AACE/ACE disease state clinical review: diagnosis and management of midgut carcinoids. Endocr Pract. 2015; 21(5):534-45.

Burtis CA, Ashwood ER, Bruns DE, eds. Tietz fundamentals of clinical chemistry. 6th ed. St. Louis, MO: Elsevier; 2008.

Jacobs DS, DeMott WR, Oxley DK, eds. Jacobs & DeMott laboratory test handbook with key word index. 5th ed. Hudson, OH: Lexi-Comp Inc.; 2001.

Kema IP, Vries EG, Muskiet FA. Clinical chemistry of serotonin and metabolites. J Chromatogr B Biomed Sci Appl. 2000; 747(1-2):33-48.