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Tireoglobulina - Sangue

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Definição: É uma glicoproteína de alto peso molecular (660.000 daltons), sintetizada de forma exclusiva no retículo endoplasmático rugoso das células foliculares tireoidianas (normais ou neoplásicas), constituindo a forma de armazenamento dos hormônios da tireoide (T 4 e T 3 ) no interior dos folículos da glândula.

Sinônimos: Tg; TG.

Atenção! Cuidado com as abreviações, já que as siglas "Tg" ou "TG" também são comumente utilizadas para designar "Triglicerídeos", podendo gerar um cadastro incorreto dos exames.

    Indicações:
  • Marcador tumoral altamente sensível e específico para detecção de doença residual, ou de recorrência de carcinomas diferenciados da tireoide no pós-operatório e pós-terapia ablativa;
  • Monitorar o curso da doença e/ou da resposta ao tratamento de bócio nodular/difuso atóxico;
  • Auxílio diagnóstico de tireoidite subaguda;
  • Investigação de casos de hipertireoidismo autoinduzido, decorrente do uso de tiroxina exógena;
  • Auxílio diagnóstico de disgenesia tireoidiana em neonatos.

Como solicitar: Tireoglobulina - Sangue.

    Orientações ao paciente:
  • Não é necessário nenhum preparo específico. Informar se já realizou algum tipo de cirurgia da tireoide e há quanto tempo, bem como relatar medicações em uso;
  • Tubo para soro (tampa vermelha/amarela). Manter sob refrigeração (2-8 °C) (Figuras 1 e 2);
  • Material: Sangue. O material de aspirado de nódulo cervical também é utilizado com frequência. Entrar em contato com o laboratório clínico para orientações específicas para esse tipo de material;
  • Volume recomendável: 1,0 mL.
Texto alternativo para a imagem Figura 1. Tubo para soro - tampa vermelha.
Texto alternativo para a imagem Figura 2. Tubo para soro - tampa amarela.
  • 3,0 a 42,0 ng/mL; [cms-watermark]
    • Observação! Os valores de referência para tireglobulina podem variar de acordo com o laboratório clínico e metodologia utilizada.

Não é recomendada para a identificação e diagnóstico de malignidades tireoidianas na fase pré-operatória.

A presença de anticorpos Antitireoglobulina pode interferir em algumas metodologias, levando a resultados falsamente mais baixos. Dessa maneira, caso a tireoglobulina seja realizada por metodologias imunométricas, é recomendado a dosagem simultânea de antitireoglobulina. Novas metodologias (ex.: espectrometria de massas em tandem), embora ainda pouco disponíveis, não sofrem esse tipo de interferência.

O uso recente de radioisótopos pode interferir nas determinações, se o método utilizado for por radioimunoensaio (RIA).

Não é útil nos casos de tumores não diferenciados, de carcinomas medulares e anaplásicos, bem como em linfomas de tireoide.

Manipulações recentes da tireoide (ex.: cirurgias, biópsias, punções) e terapia com iodo radioativo podem interferir nos resultados.

A presença de anticorpos heterófilos na amostra pode interferir nos resultados.

O uso recente de biotina (vitamina B7) pode interferir nos resultados. Recomenda-se, à critério médico, a sua suspensão nas 12 horas anteriores à realização do exame.

    Aumento:
  • Tireoidite;
  • Tireotoxicose;
  • Hipertireoidismo;
  • Doença de Graves;
  • Bócio nodular;
  • Carcinoma folicular;
  • Carcinoma papilífero;
  • Carcinoma misto papilar-folicular e a recorrência desses tumores;
  • Terceiro trimestre gestacional;
  • Neonatos;
  • Drogas (TRH, TSH, iodo, antineoplásicos).
    Diminuição:
  • Tireotoxicose factícia;
  • Pós-tireoidectomia total e ablação com iodo radioativo;
  • Jejum;
  • Drogas (Tiroxina).

Autoria principal: Pedro Serrão Morales (Patologia Clínica e Medicina Laboratorial).

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