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Abuso Sexual

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Definição: A buso sexual é o termo geral usado para ações (palavras, beijos, mensagens, carícias) com fins sexuais feitas por uma ou mais pessoas sem a permissão da(s) outra(s), podendo causar prejuízo físico, psicológico (trauma, pânico) e emocional.

    Quais os tipos de abuso sexual?
  • Assédio sexual: ocorre quando são ditas palavras que causam vergonha, quando há tentativa indesejada de carícia, ou quando observações de tom sexual sobre o corpo da vítima são feitas. Não é necessário o toque para que exista o assédio;
  • Aliciamento e exploração sexual: quando uma pessoa usa da posição social ou cargo que ocupa para explorar sexualmente pessoas que se encontram abaixo dela;
  • Estupro marital: ocorre quando o marido ou o companheiro obriga a esposa ou companheira a ter relação sexual, usando constrangimento físico e/ou psicológico;
  • Estupro de vulnerável: abuso sexual de pessoa menor que 14 anos, incluindo relações consideradas "consensuais";
  • Estupro: relação sexual forçada através de força física ou psicológica.
    Como é realizado o diagnóstico?
  • O acolhimento durante o atendimento é fundamental e deve ser realizado em ambiente adequado, garantindo ao paciente total sigilo da consulta;
  • O diagnóstico é clínico, através de anamnese e exame físico;
  • A abordagem deve ser cuidadosa, garantindo a privacidade e o sigilo, tendo em vista que esses pacientes, muitas vezes, encontram-se emocionalmente fragilizados.
    Quais etapas devem ser seguidas ao ser diagnosticado o abuso sexual?
  • Direcionar a uma unidade básica de saúde, assim que possível, para acompanhamento médico e psicológico após o atendimento de emergência;
  • Não é necessário fazer Boletim de Ocorrência para o atendimento médico;
  • O sigilo da consulta médica é questão ética profissional e garantido por lei: explicar que as informações na consulta não serão acessadas por mais ninguém;
  • Prescrever os medicamentos e vacinas para prevenção de gravidez e de infecções sexualmente transmissíveis em casos de estupro;
  • Alertar sobre a existência de serviços de atendimento à mulher em situação de violência, como as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher e o Centro Integrado de Atendimento à Mulher.

Autor(a) principal: Renato Bergallo (Medicina de Família e Comunidade).

    Revisores(as):
  • Camilla Luna (Ginecologia e Obstetrícia, especialista em Reprodução Humana);
  • João Marcelo Coluna (Ginecologia e Obstetrícia, com mestrado em Fisiopatologia). [cms-watermark]

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