' Blefarite - Prescrição
Conteúdo copiado com sucesso!

Blefarite

Voltar

Definição: Inflamação crônica da borda da pálpebra.

    Quais são as causas da blefarite?
  • As glândulas que estão próximas a saída dos cílios não funcionam corretamente.
  • Alguns fatores podem estar associados:
    • Dermatite seborreica;
    • Colonização das glândulas por bactérias;
    • Infecção por ácaro (Demodex folliculorum);
    • Rosácea (doença dermatológica que pode ter blefarite associada);
    • Alergias.
    Quais são os fatores de risco para blefarite?
  • Dermatite seborreica;
  • Rosácea.
    O que o paciente com blefarite sente?
  • Coceira na pálpebra;
  • Formação de crostas nas pálpebras ao acordar;
  • Queimação;
  • Sensação de corpo estranho;
  • Lacrimejamento;
  • Incômodo com a luz (fotofobia leve).
    Como é feito o diagnóstico?
  • O diagnóstico é por meio do exame das pálpebras na lâmpada de fenda, onde podemos observar margens palpebrais espessadas, inchadas, vermelhas, crostosas e com vasos.
  • Colaretes ao redor dos cílios, secreção mucosa leve, conjuntivite papilar leve e hiperemia da conjuntiva são comuns.
    Como tratar a blefarite?
  • Orientar o uso de compressas mornas 2-3x ao dia;
  • Orientar a higiene palpebral com shampoo neutro ou gel para limpeza 2-3x ao dia;
  • Associar lubrificante ocular, caso tenha sintomas de olho seco;
  • Em alguns casos a expressão das glândulas pode ser necessária;
  • Em casos sem resposta ao tratamento acima, pode ser tratada com antibiótico oral;
  • Em casos específicos, o tratamento com aplicação de luz pulsada para desobstrução das glândulas pode ser efetivo.
    Como acompanhar a blefarite?
  • O seguimento pode ser feito a cada 3-4 semanas;
  • A limpeza palpebral e as compressas quentes podem ser reduzidas a uma vez ao dia conforme a melhora;
  • Como é uma doença crônica, é necessário mantê-las por tempo indeterminado.

Autor(a) principal: Juliana Maria da Silva Rosa (Oftalmologia).

Dias MR, Guaresch BLV, Borges CR, et al. Blepharitis: epidemiology, etiology, clinical presentations, treatment and evolution of our patients. Rev Bras Oftalmol. 2019; 78(5):300-303.

Ehlers JP, Shah CP. Manual de doenças oculares do Wills Eye Hospital - Diagnóstico e tratamento no consultório e na emergência. 5a ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.

Kanski JJ, Bowling B. Clinical ophthalmology, a systematic approach. 7th ed. Edinburgh: Elsevier Saunders, 2011.