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Não Adesão a Tratamentos

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Definição: Uma das principais causas de insucesso de tratamentos é a não adesão, pelo paciente, ao tratamento proposto. Por isso é importante prevenir, identificar e estabelecer estratégias para o enfrentamento da não adesão.

  • Bom vínculo entre profissional e paciente;
  • Entendimento pelo paciente do esquema terapêutico e de seu propósito, tendo sido explicado pelo médico e idealmente repetido pelo paciente para testar sua compreensão;
  • Motivação por parte do paciente;
  • Escolha de um esquema terapêutico o mais simples possível.
  • Sempre considerar a possibilidade, principalmente na ausência dos efeitos terapêuticos ou adversos;
  • Perguntar, sem julgamentos, o que o paciente está fazendo para tratar o seu problema, incluindo medicamentos, doses e posologia, além de medidas não farmacológicas;
  • Perguntar sobre a adesão no dia da consulta e no dia anterior. Em caso de aparente incerteza ou confusão, solicitar que traga os medicamentos na próxima consulta para conferir e entender como ele está tomando a medicação;
  • Quatro tipos básicos de não adesores:
    • Os que não sabem ou esqueceram as recomendações;
    • Os que não estão motivados a seguir as recomendações;
    • Os que não conseguem seguir as recomendações devido à pobreza, violência ou outros fatores externos;
    • Os que mudaram de ideia e decidiram não seguir mais as recomendações.
  • Para pacientes que não sabem ler, pode-se desenhar símbolos nas receitas, como sol e lua, para representar os horários e comprimidos ou colheres para representar a quantidade da dose, por exemplo;
  • Para aqueles com dificuldade na compreensão das recomendações, sugere-se a simplificação e personalização do esquema de tratamento, com posologias mais simples, por exemplo;
  • Propor a supervisão do tratamento por alguém da família ou por algum profissional, como o agente comunitário de saúde (ACS);
  • Tratar doenças como alcoolismo e depressão, que podem causar uma não adesão involuntária;
  • Compreender crenças, valores e ideais que o paciente possa ter sobre o tratamento ou a doença, de maneira a identificar as barreiras para a boa adesão, educando os pacientes em cima delas e fornecendo as informações pertinentes.

Autor principal: Renato Bergallo (Medicina de Família e Comunidade).

Duncan BB, Schmidt MI, Giuliani ERJ. Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.

Gusso G, Lopes JMC. Tratado de Medicina de Família e Comunidade. Editora Artmed, 2012.