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Uveíte Anterior

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Definição: Inflamação dentro do olho, que inclui as irites, iridociclites e ciclites anteriores.

    O que causa a uveíte anterior?
  • Pode ser idiopática (não ter causa);
  • Associada ao HLA B27 (espondilite anquilosante, síndrome de Reiter, artrite psoriática, doença inflamatória intestinal; artrite reativa);
  • Pós-operatória;
  • Síndrome de uveíte glaucoma hifema: inflamação relacionada a lentes intraoculares de câmara anterior;
  • Doença de Behçet;
  • Doença de Lyme (do carrapato);
  • Isquemia do segmento anterior: associada a insuficiência carotídea, cinturão escleral apertado de cirurgia anterior ou cirurgias oculares musculares prévias;
  • Caxumba, influenza, adenovírus, sarampo, clamídia, leptospirose e doença de Kawasaki;
  • Artrite idiopática juvenil;
  • Ciclite heterocrômica de Fuchs;
  • Sarcoidose;
  • Herpes Simples ou Herpes-Zóster;
  • Sífilis;
  • Tuberculose;
  • Hanseníase;
    Quais são os fatores de risco para uveíte anterior?
  • Cirurgias prévias oculares;
  • Diagnóstico de espondilite anquilosante, síndrome de Reiter, artrite psoriática, doença inflamatória intestinal, doença de Behçet, doença de Lyme,artrite idiopática juvenil, ciclite heterocrômica de Fuchs, sarcoidose, herpes, tuberculose, caxumba, influenza, clamídia, leptospirose, doença de Kawasaki, hanseníase;
  • Insuficiência de carótidas.
    Quais são os sintomas da uveíte anterior?
  • Aguda: Início súbito de dor unilateral, incômodo com a luz, lacrimejamento, borramento da visão e olho vermelho;
  • Crônica: Visão diminuída. Melhora e piora com poucos sintomas agudos.
    Como é feito o diagnóstico?
  • Histórico de doenças sistêmicas e revisão de sistemas;
  • Exame ocular completo;
  • Avaliação de marcadores sorológicos não específicos como VDRL, FTA ABS, PPD, radiografia de tórax, ECA, sorologia para Lyme, VSG e HLA B27.
    Como é feito o tratamento da uveíte anterior?
  • Pode ser usado colírio cicloplégico para melhora da dor e para evitar sinéquias;
  • O uso de corticoide tópico é fundamental para diminuir a inflamação intraocular;
  • Nos casos não responsivos ao corticoide tópico a injeção de corticoide de depósito subtenoniano é uma opção;
  • Devemos considerar o uso de esteroides sistêmicos ou terapia imunossupressora nos casos sem melhora com tópico ou de depósito ou se a uveíte for grave e bilateral;
  • O glaucoma secundário contraindica o uso de prostaglandinas e pilocarpina. Nesse caso devem ser usados os supressores do humor aquoso;
  • Caso seja determinada a causa sistêmica, o tratamento sistêmico específico deve ser instituído;

Autor(a) principal: Juliana Maria da Silva Rosa (Oftalmologia).

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