Dieta oral zero
(liberada apenas se o afogamento for grau I). Retornar à dieta normal quando da recuperação do nível de consciência;
Glicose hipertônica a 50%
240 mL em 24 horas. Distribuir as ampolas entre os frascos utilizados em
SF 0,9%
. (ex.: 5 ampolas em cada frasco, se 4 frascos de 500 mL);
SF 0,9%
30 mL/kg EV em 24 horas.
Cuidado para não administrar soluções hipotônicas, pelo risco de piora do edema cerebral (principalmente no caso de graus III e IV).
Fentanila
(500 microgramas/10 mL) 20 mL + SG 5% 80 mL (concentração: 10 microgramas/mL). Correr em bomba de infusão a 0,02 a 0,05 micrograma/kg/minuto;
Propofol
5 microgramas/kg/minuto (ou 0,3 mg/kg/h) em bomba de infusão contínua.
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Profilaxia secundária de convulsões (grau III):
Para pacientes que tiveram crise desencadeada pelo afogamento:
Fenitoína
(250 mg/5 mL) 20 mg/kg EV, em bólus. Respeitar a taxa de infusão de 50 mg/minuto;
Fenitoína
(250 mg/5 mL) 5 mg/kg/dia EV, divididas a cada 8 horas.
Profiláticos e Sintomáticos
1.
Analgésico e antitérmico:
Em caso de dor ou febre ≥ 37,8°C. Escolha uma das seguintes opções:
Dipirona sódica
(500 mg/mL) 1-2 g EV até de 4/4 horas (dose máxima: 5 g em 24 horas);
Dipirona sódica
gotas
(500 mg/mL) 20-40 gotas VO até de 4/4 horas;
Dipirona sódica
500-1.000 mg VO até de 4/4 horas;
Paracetamol gotas
(200 mg/mL) 35-55 gotas VO até de 6/6 horas;
Paracetamol
500-750 mg VO até de 6/6 horas.
2.
Antieméticos:
Em caso de náusea e/ou vômito.
Escolha uma das seguintes opções:
Metoclopramida
(10 mg/2 mL) 10 mg EV, diluídos em água destilada, até de 8/8 horas;
Metoclopramida
(4 mg/mL) 50 gotas VO a cada 8 horas;
Metoclopramida
10 mg VO a cada 8 horas;
Bromoprida
(10 mg/2 mL) 10 mg EV a cada 8 horas;
Bromoprida
(4 mg/mL) 1-3 gotas/kg VO a cada 8 horas.
3.
Proteção gástrica:
Escolha uma das seguintes opções:
Omeprazol
(40 mg/10 mL) 20-40 mg VO/EV a cada 24 horas, pela manhã;
Pantoprazol sódico
20-40 mg VO a cada 24 horas, em jejum;
Pantoprazol sódico
(40 mg/10 mL) 40 mg EV a cada 24 horas.
Cuidados Gerais
Corrigir distúrbios hidreletrolíticos;
Hemoglicoteste (HGT): Monitoramento glicêmico intensa nos quadros graves, com lesão cerebral, evitando hipoglicemia e hiperglicemia. Iniciar com HGT a cada 2 horas, espaçando a medição conforme melhora clínica;
Insulina humana regular
100 unidades (1 mL) +
SF 0,9%
99 mL (solução: 1 unidade/mL) EV, em bomba de infusão, a critério médico;
Glicose hipertônica a 50% 40 mL EV, se HGT < 70;
Cabeceira do leito elevada entre 30 e 45º;
Fornecer oxigênio e avaliar necessidade de intubação orotraqueal (IOT);
Manter decúbito lateral direito;
Aquecer o paciente (se necessário, manter manta térmica);
Acesso venoso salinizado.
Estadiamento do afogamento em graus,
de acordo com a clínica do paciente
:
Resgate ou grau 0:
Vítima resgatada ainda no período iminente de afogamento, apenas na fase de agitação;
Grau I
(reflexos de proteção, sem alteração da ausculta pulmonar): Aquecimento do paciente e observação de sua evolução por, pelo menos, 2 horas;
Grau II
(ingestão de pequena a moderada quantidade de água, tosse com pouca espuma, ausculta com estertores, porém sem repercussões hemodinâmicas): Aquecimento do paciente, oxigenoterapia (se necessária), manutenção de posição lateralizada (para evitar broncoaspiração), observação da evolução do paciente por, pelo menos, 24 horas;
Grau III
(ingestão moderada a grande quantidade de água. Quadro clínico sugestivo de insuficiência respiratória aguda, devido ao edema agudo de pulmão. O paciente pode apresentar cianose central e periférica, dispneia, tosse com grande quantidade de espuma, estertores de alta intensidade, pulso periférico): Aquecimento do paciente, oxigenoterapia ou IOT (conforme indicações a seguir), manutenção de posição lateralizada (para evitar broncoaspiração), acesso venoso salinizado, correção de distúrbios hidreletrolíticos e observação da evolução do paciente por, pelo menos, 24 horas;
Grau IV
(apresenta mesma clínica da vítima de grau 3, porém com repercussão hemodinâmica e sinais de choque, como hipotensão, ausência de pulso periférico, má perfusão capilar): Suporte básico ou avançado de vida, com abordagem semelhante ao grau III após reversão;
Grau V
(vítima em estado muito grave, com sinais de parada respiratória, cianose, flacidez muscular; nesse estágio, ainda apresenta pulso central): Suporte básico ou avançado de vida;
Grau VI
(vítima em parada cardiorrespiratória, inconsciente, em apneia ou
gasping
e sem pulsos arteriais centrais): Suporte básico ou avançado de vida.