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Anafilaxia

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Prescrição Hospitalar

Orientações ao Prescritor

  • Estabilização clínica, iniciando abordagem pelo suporte de vida;
  • É importante caracterizar o episódio em leve, moderado ou grave;
  • Atenção! Rash difuso precoce (na primeira hora após contato, mesmo isolado): Considerar anafilaxia moderada a grave e seguir fluxogramas subsequentes;
  • Na presença de angioedema de face ou mucosas oral/nasal, mesmo que isolado, considerar paciente moderado/grave;
  • Remover o antígeno precocemente;
  • Corticoterapia é útil para prevenir reação bifásica (exacerbação tardia), mas não atua nos sinais agudos e não deve ser priorizado no primeiro momento.

Procedimentos ‒ Abordagem Inicial

  1. Oxigenioterapia: Aspirar vias aéreas e fornecer oxigênio por máscara com reservatório ou cateter nasal se saturação < 94%.
  2. Acesso venoso: Manter dois acessos venosos calibrosos.
  3. Monitorização: Manter paciente monitorizado em sala de emergência.

Dieta e Hidratação

  1. Dieta suspensa.
  2. Manter aporte de glicose venoso se paciente permanecer mais de 6 horas em jejum.

Tratamento Farmacológico

O tratamento farmacológico é baseado na classificação da Anafilaxia.

Critérios: Presença de reação de hipersensibilidade com manifestações cutâneas isoladas: Rash difuso, urticária, angioedema (exceto de face, mucosa oral), prurido, ou associadas a sintomas respiratórios leves, tais como espirros e coriza.

    Tratamento baseado no uso de anti-histamínicos e corticosteroides:
  1. Anti-histamínico: Escolha uma das opções:
    • Difenidramina (50 mg/1 mL) 25-50 mg + SF 0,9% 100 mL EV de 4/4 horas (dose máxima: 400 mg/dia);
    • Prometazina (50 mg/2 mL) 25 a 50 mg IM a cada 6 horas se necessário;
    • Loratadina (10 mg) 1 comprimido VO de 24/24 horas. Pode ser mantido até 5 dias pós alta;
    • Hidroxizina (25 mg) 1 comprimido VO de 6/6 horas. Pode ser mantido por 5 dias.
  2. Corticosteroide: Atenuar possíveis reações tardias. Escolha uma das opções:
    • Metilprednisolona (125 mg/2 mL) 1 ampola + SF 0,9% 48 mL, divididos em até de 6/6 horas. Correr em 20 minutos;
    • Hidrocortisona (100 mg/frasco) 2-3 frascos + SF 0,9% 10 mL. Administrar 200-300 mg EV de 6/6 horas;
    • Prednisona (20 mg/comprimido) 1 mg/kg/dia VO (dose máxima: 60 mg/dia), dividir dose diária até de 12/12 horas. Pode ser mantido por até 5 dias após alta.

    Importante! Paciente em condições de alta se apresentar remissão dos sintomas nas primeiras 6 horas. Manter medicação para uso domiciliar por 5 dias (anti-histamínico + corticoide oral).

Profiláticos e Sintomáticos

    1. Analgésico e antitérmico: Se presença de dor ou febre ≥ 37,8°C. Escolha uma das opções:
  • Dipirona sódica (500 mg/mL) 1-2 g EV até de 4/4 horas (dose máxima: 5 g em 24 horas);
  • Dipirona sódica gotas (500 mg/mL) 20-40 gotas VO até de 4/4 horas;
  • Dipirona sódica 500-1.000 mg VO até 4/4 horas;
  • Paracetamol gotas (200 mg/mL) 35-55 gotas VO até de 6/6 horas;
  • Paracetamol 500-750 mg VO até de 6/6 horas.
    2. Antiemético: Se presença de náuseas e/ou vômitos. Escolha uma das opções:
  • Metoclopramida (10 mg/2 mL) 10 mg EV, diluído em água destilada, até de 8/8 horas;
  • Metoclopramida (4 mg/mL) 50 gotas VO de 8/8 horas;
  • Metoclopramida 10 mg VO de 8/8 horas;
  • Bromoprida (10 mg/2 mL) 10 mg EV de 8/8 horas;
  • Bromoprida (4 mg/mL) 1-3 gotas/kg VO de 8/8 horas.

Cuidados

  • Realizar avaliação seriada a fim de identificar sinais de transição para anafilaxia moderada a grave;
  • Caso o paciente apresente angioedema de face ou mucosa oral/nasal, deve ser considerado moderado/grave.

Observações

  • Manter em observação por, no mínimo, 6 horas;
  • Recomenda-se para todo paciente com quadro de anafilaxia que permaneça em observação hospitalar por até 24 horas. Após a estabilização clínica, é indicada a continuidade do tratamento ambulatorial com anti-histamínicos e corticoterapia por 5 dias.

Orientações ao Prescritor

    • Atenção! A terapia mais importante é a Adrenalina (Epinefrina) intramuscular precoce, esta deverá ser sua prioridade. Todas as outras medicações têm papel secundário e adjuvante;
    • Estabilização clínica, iniciando abordagem pelo suporte de vida;
    • É importante caracterizar o episódio em leve, moderado ou grave;
    • Identificar precocemente sinais de obstrução de vias aéreas e, caso não haja progressão para melhora, avaliar IOT precoce;
    • Em caso de obstrução alta, avaliar necessidade de via aérea cirúrgica;
    • Remover o antígeno precocemente;
    • Corticoterapia é útil para prevenir reação bifásica (exacerbação tardia), mas não atua nos sinais agudos e não deve ser priorizada no primeiro momento;
    • Em caso de parada cardiorrespiratória, conduza como o preconizado no ACLS.

Procedimentos - Suporte de vida

  1. Oxigenioterapia: Aspirar vias aéreas e fornecer oxigênio por máscara com reservatório ou cateter nasal se saturação < 94%.
  2. Acesso venoso: Manter dois acessos venosos calibrosos.
  3. Se hipotensão: Correr 500-1.000 mL de cristaloide (SF 0,9%) EV livre.
  4. Monitorização: Manter paciente monitorizado em sala de emergência.

Dieta e Hidratação

  1. Dieta suspensa.
  2. Manter aporte de glicose venoso se paciente permanecer mais de 6 horas em jejum.

Tratamento Farmacológico

O tratamento farmacológico é baseado na classificação da anafilaxia.

Critérios: Manifestação cutânea ( rash , urticária, prurido) associada a sintomas gastrointestinais (dor abdominal, vômitos, diarreia) e/ou sintomas respiratórios não ameaçadores à vida (taquipneia, broncoespasmo leve, tosse, esforço respiratório leve) e/ou sintomas circulatórios não ameaçadores à vida (taquicardia, hipertensão).

    Tratamento baseado no uso de adrenalina, com uso secundário e adjuvante de anti-histamínicos e corticosteroides.
  1. Adrenalina (1 mg/mL): Medicamento de escolha, deve ser realizada imediatamente, podendo ser repetida a cada 5-15 minutos, de acordo com resposta clínica.
    • Adultos: IM (vasto lateral da coxa): 0,5 mg/dose;
    • Crianças: IM (vasto lateral da coxa): 0,01 mg/kg.
  2. Anti-histamínicos: Tratamento de urticária e prurido. Escolha uma das opções:
    • Difenidramina (50 mg/1 mL) 25-50 mg + SF 0,9% 100 mL EV de 4/4 horas (dose máxima: 400 mg/dia);
    • Prometazina (50 mg/2 mL) 25 a 50 mg IM a cada 6 horas se necessário;
    • Pode-se associar para potencializar bloqueio H : Cimetidina 300 mg EV de 6/6 horas (Inibe receptores H2 e potencializa o efeito do anti-histamínico).
  3. Corticoterapia : Atenuar possíveis reações tardias. Escolha uma das opções:
    • Metilprednisolona (125 mg/2 mL) 1 ampola + SF 0,9% 48 mL, divididos em até de 6/6 horas. Correr em 20 minutos;
    • Hidrocortisona (100 mg/frasco) 2-3 frascos + SF 0,9% 10 mL. Administrar 200-300 mg EV de 6/6 horas;
    • Prednisona (20 mg/comprimido) 1 mg/kg/dia VO (dose máxima: 60 mg/dia), dividir dose diária até de 12/12 horas. Pode ser mantida por até 5 dias após alta.

Importante! Paciente em condições de alta se apresentar remissão dos sintomas nas primeiras 12 horas. Manter medicação para uso domiciliar por 5 dias (anti-histamínico + corticoide oral).

Profiláticos e Sintomáticos

    1. Analgésico e antitérmico: Se presença de dor ou febre ≥ 37,8°C. Escolha uma das opções:
  • Dipirona sódica (500 mg/mL) 1-2 g EV até de 4/4 horas (dose máxima: 5 g em 24 horas);
  • Dipirona sódica gotas (500 mg/mL) 20-40 gotas VO até de 4/4 horas;
  • Dipirona sódica 500-1.000 mg VO até 4/4 horas;
  • Paracetamol gotas (200 mg/mL) 35-55 gotas VO até de 6/6 horas;
  • Paracetamol 500-750 mg VO até de 6/6 horas.
    2. Antiemético: Se presença de náuseas e/ou vômitos. Escolha uma das opções:
  • Metoclopramida (10 mg/2 mL) 10 mg EV, diluído em água destilada, até de 8/8 horas;
  • Metoclopramida (4 mg/mL) 50 gotas VO de 8/8 horas;
  • Metoclopramida 10 mg VO de 8/8 horas;
  • Bromoprida (10 mg/2 mL) 10 mg EV de 8/8 horas;
  • Bromoprida (4 mg/mL) 1-3 gotas/kg VO de 8/8 horas.

Cuidados

  • Decúbito com elevação dos pés ( Trendelenburg ) se hipotensão;
  • O 2 sob máscara a critério médico: 8 a 10 L/minuto com O 2 a 100% se saturação < 94%;
  • Monitorização eletrocardiográfica e PA não invasiva;
  • Oximetria de pulso.

Observações

  • Broncodilatadores não reduzem o edema de mucosas, mas podem ser utilizados como adjuvantes na presença de broncoespasmos;
  • Manter em observação por, no mínimo, 6 horas (ideal: 8 a 24 horas);
  • Recomenda-se para todo paciente com quadro de anafilaxia que permaneça em observação hospitalar por até 24 horas. Após a estabilização clínica, é indicada a continuidade do tratamento ambulatorial com anti-histamínicos e corticoterapia por 5 dias;
  • Pacientes usuários de betabloqueadores que não respondem ou com resposta parcial à adrenalina (adultos):
    • Glucagon (1 unidade/mL) 1-5 ampolas IM ou SC (a formulação presente no Brasil é exclusiva para uso por essas vias).

Orientações ao Prescritor

    • Atenção! Paciente deve ser tratado em sala de emergência ou UTI, com apoio da cirurgia geral ou médico experiente caso haja necessidade de via aérea cirúrgica; acionar carrinho de parada e preparar material para manejo de vias aéreas e oxigenioterapia;
    • Atenção! A terapia mais importante é a Adrenalina (Epinefrina) intramuscular precoce, esta deverá ser sua prioridade . Todas as outras medicações têm papel secundário e adjuvante;
    • Estabilização clínica, iniciando abordagem pelo suporte de vida;
    • Identificar precocemente sinais de obstrução de vias aéreas e, caso não haja progressão para melhora, avaliar TOT precoce;
    • Em caso de obstrução alta, avaliar necessidade de via aérea cirúrgica;
    • Remover o antígeno precocemente;
    • Corticoterapia é útil para prevenir reação bifásica (exacerbação tardia), mas não atua nos sinais agudos e não deve ser priorizada no primeiro momento;
    • Em caso de parada cardiorrespiratória, conduza como o preconizado no ACLS.

Procedimentos ‒ Suporte de Vida

  1. Oxigenioterapia: Aspirar vias aéreas e fornecer oxigênio por máscara com reservatório ou cateter nasal se saturação < 94%.
  2. Acesso venoso: Manter dois acessos venosos calibrosos.
  3. Se hipotensão: Correr 500-1.000 mL de cristaloide (SF 0,9%) EV livre.
  4. Monitorização: Manter paciente monitorizado em sala de emergência.

Dieta e Hidratação

  1. Dieta suspensa.
  2. Manter aporte de glicose venoso se paciente permanecer mais de 6 horas em jejum.

Tratamento Farmacológico

O tratamento farmacológico é baseado na classificação da Anafilaxia.

Critérios: Presença de manifestação cutânea e/ou gastrointestinal associada a sinais respiratórios (estridor laríngeo, esforço respiratório moderado/grave, obstrução alta, dessaturação) ou cardiocirculatórios (taquicardia ou bradicardia com sinais de instabilidade, diminuição de perfusão periférica, arritmias) ameaçadores à vida.

    Tratamento baseado no uso de Adrenalina, com uso secundário e adjuvante de anti-histamínicos e corticosteroides.
  1. Adrenalina (1 mg/mL): Medicamento de escolha, deve ser realizada imediatamente, podendo ser repetida a cada 5-15 minutos, de acordo com resposta clínica.
    • Adultos: IM (vasto lateral da coxa): 0,5 mg/dose;
    • Crianças: IM (vasto lateral da coxa): 0,01 mg/kg.
  2. Anti-histamínicos: Tratamento de urticária e prurido. Escolha uma das opções:
    • Difenidramina (50 mg/1 mL) 25-50 mg + SF 0,9% 100 mL EV de 4/4 horas (dose máxima: 400 mg/dia);
    • Prometazina (50 mg/2mL) 25 a 50 mg IM a cada 6 horas se necessário;
    • Pode-se associar para potencializar bloqueio H: Cimetidina 300 mg EV de 6/6 horas (inibe receptores H2 e potencializa o efeito do anti-histamínico).
  3. Corticoterapia: Atenuar possíveis reações tardias. Escolha uma das opções:
    • Metilprednisolona (125 mg/2 mL) 1 ampola + SF 0,9% 48 mL, divididos em até de 6/6 horas. Correr em 20 minutos;
    • Hidrocortisona (100 mg/frasco) 2-3 frascos + SF 0,9% 10 mL. Administrar 200-300 mg EV de 6/6 horas;
    • Prednisona (20 mg/comprimido) 1 mg/kg/dia VO (dose máxima: 60 mg/dia), dividir dose diária até de 12/12 horas. Pode ser mantido por até 5 dias após alta.
  4. Broncodilatadores: Se broncoespasmo refratário ao uso de Adrenalina. Escolha uma das opções:
    • Salbutamol (5 mg/mL) 10-20 gotas + SF 0,9% 3 mL, em nebulização. Pode ser repetido a cada 15-20 minutos (até 3x na primeira hora);
    • Salbutamol (100 microgramas/dose) Aplicar 4 jatos. Pode ser repetido a cada 15-20 minutos (até 3x na primeira hora).

Profiláticos e SIntomáticos

    1. Analgésico e antitérmico: Se presença de dor ou febre ≥ 37,8°C. Escolha uma das opções:
  • Dipirona sódica (500 mg/mL) 1-2 g EV até de 4/4 horas (dose máxima: 5 g em 24 horas);
  • Dipirona sódica gotas (500 mg/mL) 20-40 gotas VO até de 4/4 horas;
  • Dipirona sódica 500-1.000 mg VO até 4/4 horas;
  • Paracetamol gotas (200 mg/mL) 35-55 gotas VO até de 6/6 horas;
  • Paracetamol 500-750 mg VO até de 6/6 horas.
    2. Antiemético: Se presença de náuseas e/ou vômitos. Escolha uma das opções:
  • Metoclopramida (10 mg/2 mL) 10 mg EV, diluído em água destilada, até de 8/8 horas;
  • Metoclopramida (4 mg/mL) 50 gotas VO de 8/8 horas;
  • Metoclopramida 10 mg VO de 8/8 horas;
  • Bromoprida (10 mg/2 mL) 10 mg EV de 8/8 horas;
  • Bromoprida (4 mg/mL) 1-3 gotas/kg VO de 8/8 horas.

Cuidados

  • Decúbito com elevação dos pés ( Trendelenburg ) se hipotensão;
  • O 2 sob máscara a critério médico: 8 a 10 L/minuto com O 2 a 100% se saturação < 94%;
  • Monitorização eletrocardiográfica e PA não invasiva;
  • Oximetria de pulso.

Observações

  • Broncodilatadores não reduzem o edema de mucosas, mas podem ser utilizados como adjuvantes na presença de broncoespasmos;
  • Manter em observação por, no mínimo, 6 horas (ideal: 8 a 24 horas);
  • Recomenda-se para todo paciente com quadro de anafilaxia que permaneça em observação hospitalar por até 24 horas. Após a estabilização clínica, é indicada a continuidade do tratamento ambulatorial com anti-histamínicos e corticoterapia por 5 dias;
  • Pacientes usuários de betabloqueadores que não respondem ou com resposta parcial à Adrenalina (adultos):
    • Glucagon (1 unidade/mL) 1-5 ampolas IM ou SC (a formulação presente no Brasil é exclusiva para uso por essas vias).

Orientações ao Prescritor

    • Atenção! Paciente deve ser tratado em sala de emergência ou UTI, com apoio da cirurgia geral ou médico experiente caso haja necessidade de via aérea cirúrgica; acionar carrinho de parada e preparar material para manejo de vias aéreas e oxigenioterapia;
    • Estabilização clínica, iniciando abordagem pelo suporte de vida;
    • Atenção! No choque anafilático, a base do tratamento é o uso de Adrenalina (Epinefrina) intramuscular ou venosa, se necessário. Todas as outras medicações têm papel secundário e adjuvante;
    • Identificar precocemente sinais de obstrução de vias aéreas e, caso não haja progressão para melhora, avaliar TOT precoce;
    • Em caso de obstrução alta, avaliar necessidade de via aérea cirúrgica;
    • Remover o antígeno precocemente;
    • Corticoterapia é útil para prevenir reação bifásica (exacerbação tardia), mas não atua nos sinais agudos e não deve ser priorizado no primeiro momento;
    • Em caso de parada cardiorrespiratória, conduza como o preconizado no ACLS.

Procedimentos - Suporte de Vida

  1. Oxigenioterapia: Aspirar vias aéreas e fornecer oxigênio por máscara com reservatório ou cateter nasal se saturação < 94%.
  2. Acesso venoso: Manter dois acessos venosos calibrosos.
  3. Se hipotensão: Correr 500-1.000 mL de cristaloide (SF 0,9%) EV livre.
  4. Monitorização: Manter paciente monitorizado em sala de emergência.

Dieta e Hidratação

  1. Dieta suspensa.
  2. Manter aporte de glicose venoso se paciente permanecer mais de 6 horas em jejum.

Tratamento Farmacológico

O tratamento farmacológico é baseado na classificação da anafilaxia.

Critérios: Choque circulatório ou colapso cardiorrespiratório desencadeado por reação de hipersensibilidade.

Atenção! Os pacientes hipotensos devem ser colocados em posição de Trendelenburg ( cabeça para baixo e pernas elevadas) e a infusão de solução salina fisiológica deve ser iniciada assim que obtido o acesso venoso.

    Colapso circulatório (hipotensão refratária ao uso de cristaloides e adrenalina intramuscular):
  1. Adrenalina (1 mg/mL) 1 mg + 249 mL SG 5% EV em BIC (concentração: 4 microgramas/mL), iniciar com 0,1 micrograma/kg/minuto e aumentar dose em 0,05 micrograma/kg/minuto a cada 2-3 min até melhora da PA e da perfusão (dose máxima comumente não ultrapassa 1 micrograma/kg/minuto).

Importante! A intubação orotraqueal provavelmente será necessária. Importante estabilizar ou minimizar o choque do paciente antes de proceder intubação para evitar parada cardiorrespiratória durante o procedimento.

Profiláticos e Sintomáticos

    1. Analgésico e antitérmico: Se presença de dor ou febre ≥ 37,8°C. Escolha uma das opções:
  • Dipirona sódica (500 mg/mL) 1-2 g EV até de 4/4 horas (dose máxima: 5 g em 24 horas);
  • Dipirona sódica gotas (500 mg/mL) 20-40 gotas VO até de 4/4 horas;
  • Dipirona sódica 500-1.000 mg VO até 4/4 horas;
  • Paracetamol gotas (200 mg/mL) 35-55 gotas VO até de 6/6 horas;
  • Paracetamol 500-750 mg VO até de 6/6 horas.
    2. Antiemético: Se presença de náuseas e/ou vômitos. Escolha uma das opções:
  • Metoclopramida (10 mg/2 mL) 10 mg EV, diluído em água destilada, até de 8/8 horas;
  • Metoclopramida (4 mg/mL) 50 gotas VO de 8/8 horas;
  • Metoclopramida 10 mg VO de 8/8 horas;
  • Bromoprida (10 mg/2 mL) 10 mg EV de 8/8 horas;
  • Bromoprida (4 mg/mL) 1-3 gotas/kg VO de 8/8 horas.

Cuidados

  • Decúbito com elevação dos pés ( Trendelenburg ) se hipotensão;
  • O 2 sob máscara a critério médico: 8 a 10 L/minuto com O 2 a 100% se saturação < 94%;
  • Monitorização eletrocardiográfica e PA não invasiva;
  • Oximetria de pulso.

Observações

  • Broncodilatadores não reduzem o edema de mucosas, mas podem ser utilizados como adjuvantes na presença de broncoespasmos;
  • Manter em observação por, no mínimo, 6 horas (ideal: 8 a 24 horas);
  • Recomenda-se para todo paciente com quadro de anafilaxia que permaneça em observação hospitalar por até 24 horas. Após a estabilização clínica, é indicada a continuidade do tratamento ambulatorial com anti-histamínicos e corticoterapia por 5 dias;
  • Pacientes usuários de betabloqueadores que não respondem ou com resposta parcial à adrenalina (adultos):
    • Glucagon (1 unidade/mL) 1-5 ampolas IM ou SC (a formulação presente no Brasil é exclusiva para uso por essas vias).